Pedido de agilidade

OAB quer que PF e MPF investiguem corrupção em MS

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20 de outubro de 2010, 17h41

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal devem ingressar na investigação do escândalo envolvendo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso do Sul com o desvio de recursos públicos. A solicitação foi feita pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, e do presidente da Seccional da OAB do Mato Grosso do Sul, Leonardo Avelino Duarte, durante reunião nesta quarta-feira (20/10) com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Durante a reunião, Ophir e Duarte apresentaram o pleito para que o MPF e a PF entrem nas investigações e para que as denúncias de corrupção e mensalão no governo do Estado, Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça sejam efetivamente apuradas. Gurgel informou que já examina material sobre o escândalo sul-mato-grossense e poderá entrar no caso, reforçando as investigações em curso na Procuradoria-Geral de Justiça estadual.

"O Conselho Federal da OAB e a Seccional da entidade no Mato Grosso do Sul estão juntos para defender a sociedade sul-mato-grossense. Nesse sentido, viemos até o procurador-geral da República para pedir agilidade na análise das denúncias, que são gravíssimas, envolvendo diversos segmentos da administração pública estadual, e para que a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal entrem já no caso. Só assim teremos a garantia de que poderá ser feita uma apuração mais aprofundada, porque esse caso não pode ficar sem uma punição; é necessário que, doa a quem doer, haja a punição nesse caso que enodoa toda a história do Mato Grosso do Sul", explicou Ophir Cavalcante, após audiência com o procurador-geral da República.

O presidente nacional da OAB disse que deixou o gabinete de Roberto Gurgel com a convicção de que "a sociedade de Mato Grosso do Sul dentro em breve terá uma resposta, que certamente será no sentido de cumprir a Lei e a Constituição, independentemente dos envolvidos". Conforme denúncias do deputado estadual Ari Rigo, que foram gravadas, os envolvidos seriam autoridades graduadas dos três poderes. Para Ophir, "a sociedade brasileira já não tolera mais a protelação em decisões importantes sobre seus destinos e naquilo que ela mais procura zelar, que são a moralidade pública e a integridade das instituições".

O presidente da OAB-MS, Leonardo Duarte, também deixou o gabinete do procurador-geral da República confiante de que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal ingressarão em breve nas investigações dos fatos envolvendo denúncias de corrupção nos três poderes do Estado. "Pedimos esse estreitamento das ações do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual na apuração desses casos e fomos prontamente atendidos", observou. Segundo ele, a OAB quer a investigação dos fatos e punição dos envolvidos se comprovadamente culpados pelos casos de corrupção, amplamente divulgados. "Esses fatos começaram em Dourados, disseminando-se para todo o Estado, e precisam ser efetivamente apurados e elucidados o mais rapidamente; portanto, essa investigação é fundamental para o bem-estar da sociedade sul-mato-grossense".

A OAB-MS criou uma Comissão Especial para acompanhar as investigações das denúncias de desvios de recursos nos três poderes do Estado. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB

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