Dualidade destrutiva

Marina oficializa neutralidade para o segundo turno

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17 de outubro de 2010, 17h35

É oficial: Marina Silva (PV) optou pela neutralidade no segundo turno. O posicionamento foi confirmado na tarde deste domingo (17/10), durante uma votação simbólica realizada em convenção do partido. Dos cerca de 170 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Fernando Gabeira, candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do PSDB no primeiro turno, também preferiu a neutralidade. A posição, no entanto, não se trata de uma restrição. Os filiados estão liberados para aderir às campanhas da petista ou do tucano.

Segundo Marina, "o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade quanto aos rumos desta campanha". Ela aproveitou a ocasião para ler uma carta aberta com críticas. Para ela, a disputa entre PSDB e PT é uma “dualidade destrutiva”. Os dois partidos, disse, pregam a "mútua aniquilação" na disputa entre Dilma e Serra.

Quanto à pauta religiosa nessa fase da disputa, Marina, que é evangélica, disse que não usa sua fé como arma eleitoral. A agressividade do seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma política de paz", declarou. A ex-presidenciável conquistou o terceiro lugar no pleito, obtendo 19,6 milhões de votos.

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