Primeiro turno

Em São Paulo, 1,4 mil presos provisórios votaram

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14 de outubro de 2010, 17h46

Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, foi o candidato a deputado federal mais votado pelos presos provisórios que foram às urnas instaladas em 28 presídios do estado de São Paulo no primeiro turno das eleições. Ao todo, 1.464 detentos provisórios votaram no dia 3 de outubro no estado, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Tiririca, o campeão de votos no estado, candidato escolhido por mais de 1,3 milhão de pessoas, obteve 122 votos nas penitenciárias paulistas.

Para o governo paulista, os mais votados foram Aloizio Mercadante, do PT, com 824 votos, Geraldo Alckmin, do PSDB, escolhido por 278 detentos, além de Fábio Feldman (PV) com 68 votos, Celso Russomano (PP) com 56, e Paulo Skaf (PSB) com 45.

Na eleição para a presidência, Dilma Rousseff (PT) obteve 858 votos, Marina Silva (PV), 292, e José Serra (PSDB), 191 votos.

O candidato a deputado federal Ney Santos (PSC), que foi acusado pela polícia de ligação com a facção criminosa PCC, conseguiu apenas dois votos nos presídios.

Para a Assembleia Legislativa, a candidata mais votada nas urnas dos presídios paulistas foi Vivi Fernandes (PMDB), que conseguiu 51 votos ao todo. Marta Suplicy (PT), Netinho (PCdoB) e Aloysio Nunes (PSDB) lideraram a disputa para o Senado entre os detentos, com 563, 553 e 329 votos, respectivamente.

A implantação de seções eleitorais nas penitenciárias foi inédita em São Paulo e na maioria dos estados do país. Desde 1988 a Constituição permite que presos provisórios exerçam o direito ao voto, mas poucos Tribunais Regionais Eleitorais viabilizaram a votação entre os detentos. Em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou resolução determinando que as cortes regionais instalassem as urnas nas penitenciárias.

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