Dúvida permanente

IC constata “artificialismo gráfico” em documento

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2 de outubro de 2010, 17h14

O Ministério Público Eleitoral reapresentou na Justiça a denúncia de falsificação contra o candidato a deputado federal Francisco Everardo de Oliveira da Silva (PR), o Tiririca, dessa vez, com base em um laudo do Instituto de Criminalística expedido na tarde deste sábado (2/10). De acordo com a revista Época, o documento aponta “artificialismo gráfico” na declaração apresentada pelo candidato ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo afirmando que sabe ler e escrever.

Segundo a legislação eleitoral, na ausência de um comprovante de escolaridade, como é o caso de Tiririca, o candidato deve apresentar uma declaração de próprio punho dizendo que sabe ler e escrever.

O juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Silveira, já havia recusado a denúncia contra Tiririca por falsificação do documento. Porém, a perita criminal Gláucia Tacla constatou que o autor da declaração possui habilidade gráfica maior do que a apresentada no documento.

Em entrevista à Época, o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes afirmou que uma pessoa bem instruída escreveu a declaração de Tiririca tentando imitar uma letra menos desenvolta, para se passar pelo candidato. “Para mim está claro que Tiririca é analfabeto e alguém escreveu a declaração para ele”.

Suspeita
Os indícios de que o candidato é analfabeto foram revelados pela revista Época no último sábado. Na reportagem, o humorista Ciro Botelho, que escreveu um livro assinado por Tiririca, afirma que o candidato não sabe ler nem escrever.

De acordo com as pesquisas, o palhaço Tiririca poderá ser o deputado mais votado do país e ajudar a eleger mais quatro ou cinco candidatos de sua coligação, formada por PT, PR, PC do B, PRB e PT do B.

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