Arrastões e incêndios

OAB-RJ pede que Força Nacional atue no Rio

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23 de novembro de 2010, 20h16

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Wadih Damous, defendeu nesta terça-feira (23/11) a convocação da Força Nacional em caráter emergencial, caso se prove que os arrastões com incêndios que se intensificaram no Rio são uma retaliação às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Para Damous, os arrastões na cidade do Rio, principalmente na Zona Sul, mudaram de padrão. Antes, eles eram feitos por homens interessados em levar bens fáceis de carregar ou para roubar veículos. Agora, os bandidos incendeiam automóveis e aterrorizam a população. “Tudo leva a crer que se trata de ações para jogar a população contra as UPPs. Se essas ações criminosas perdurarem por mais tempo, sem que haja uma pronta resposta contra essa violência, corremos o risco de desmantelamento das UPPs, que são um projeto que vem dando muito certo”, analisou o presidente da OAB do Rio.

Damous afirmou ainda que a intenção é que essa estratégia do banditismo não se prolongue em razão da inexistência de número suficiente de soldados da Polícia Militar. “Um concurso público levaria tempo para ser feito e também há o período para que os aprovados estejam aptos a ir para as ruas. O que não pode acontecer é que a população consolide um sentimento de insegurança, de que a polícia do Rio não é capaz de enfrentar essa criminalidade. Essa sensação não pode existir”.

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, apoiou a proposta de Damous, defendendo o que chamou de “conjugação de forças” para combate mais efetivo ao crime no Rio, o que inclui a Força Nacional e a Polícia Federal. Para ele, diante dos ataques do tráfico nos últimos dias, “a sociedade não quer saber se a farda é da PM ou da PF, o que ela quer é segurança”.

Cavalcante afirmou que o momento é de deixar de lado as vaidades e apelou ao governador Sérgio Cabral “que tenha humildade para ousar”. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

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