Morte de madrasta

Promotoria pede prisão perpétua de menino nos EUA

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31 de março de 2010, 7h25

Uma Promotoria resolveu pedir pena de prisão perpétua para Jordan Brown, agora com 12 anos de idade. Ele é acusado de ter matado sua madrasta Kenzie Houk, de 26 anos, grávida de oito meses. As informações são do jornal The New York Times.

No Estado da Pensilvânia, a lei é uma das mais rigorosas dos Estados Unidos. Se uma criança com mais de dez anos comete um homicídio é tratada pela Justiça como se fosse um adulto. Nos Estados Unidos, existem 2,6 mil adolescentes que cumprem prisão perpétua.

Segundo a denúncia da Promotoria, Kenzie Houk foi morta, enquanto dormia, com um tiro à queima roupa. Com 11 anos de idade, na época, e logo após o crime, Jordan Brown entrou no ônibus que o levava à escola “como se nada tivesse acontecido”, segundo a Promotoria.

O crime ocorreu num pequeno sobrado, no quarto onde o pai de Jordan vivia com a namorada. Na casa também viviam outras duas crianças de 7 e 4 anos, filhas de Kenzie Houk. Agora, o menino vai ser julgado como adulto.

O pai Christian Brown criou sozinho o filho Jordan, depois de ele ter sido abandonado pela mãe. O tiro que matou Kenzie Houk e o bebê, que nasceria dentro de duas semanas, fez com que Christian Brown abandonasse seu emprego na construção civil para dedicar-se em tempo integral à defesa do filho.

Perguntado pela Promotoria sobre a arma que deu de presente ao filho, o pai foi taxativo em seus argumentos. “Se a pergunta é se me arrependo de lhe ter comprado uma arma? Não. Recebi a minha primeira arma exatamente quando tinha 11 anos de idade”. Mas, segundo a família da vítima, alguns meses antes do crime Jordan teria contado aos primos sobre a intenção de matar a madrasta por ciúmes.

Christian nega que o filho tenha cometido o crime ou que tivesse sequer feito ameaças de morte por ciúmes da gravidez da madrasta.

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