Homicídio e extorsão

Acusados de matar Celso Daniel irão a Júri

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29 de março de 2010, 14h35

O juiz Antonio da França determinou que Ivan Rodrigues da Silva, José Edson da Silva, Itamar Messias dos Silva Santos, Marcos Roberto Bispo dos Santos, Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira e Elcyd Oliveira Brito sejam submetidos ao Tribunal do Juri. Eles estão entre os acusados da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. A decisão foi anunciada no Fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Os acusados serão julgados por crime de extorsão seguido de homicídio duplamente qualificado.

O co-réu Sergio Gomes da Silva, acusado de ser mandante do crime, não faz parte da sentença porque o processo contra ele foi desmembrado. O andamento da sua acusação depende da entrega de provas solicitadas pela defesa. O juiz determinou a liberdade de José Erivan Aleixo da Silva, que estava entre os acusados, por entender que não há provas suficientes para levá-lo a júri.

Na semana passada, José Edson, Elcyd e Marcos Roberto, que estavam presos há oitos anos sem julgamento, foram libertados pelo excesso de prazo. Ivan, Itamar e Rodolfo permanecem presos por conta de outros processos contra eles.

O caso
O prefeito foi sequestrado em janeiro de 2002 e encontrado morto numa estrada de terra em Juquitiba. O Ministério Público denunciou oito pessoas por envolvimento no crime. De acordo com a denúncia, recebida em 5 de abril de 2002, Sergio Gomes da Silva integrava uma quadrilha que praticava crimes contra a administração pública de Santo André. O então prefeito Celso Daniel iniciou algumas ações para impedir a atuação do grupo e acabou tendo sua morte planejada. Os homens tentaram simular um sequestro urbano comum para matar o político.

Ainda segundo a denúncia, o prefeito foi levado por Sergio Gomes a um cativeiro e morto a tiros 24 horas depois. O crime foi cometido mediante pagamento acertado entre os acusados que receberam a quantia no momento do crime, em uma sacola. Na fase de investigação policial, José Edson afirmou que determinou que o adolescente envolvido na quadrilha disparasse os tiros, o que ele negou em juízo. Na fase policial, Ivan, Itamar, Rodolfo, José Edson e Marcos confessaram que a morte do prefeito tinha intuito de extorsão.

Clique aqui para ler a decisão.

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