Tese de acidente

Médico quer ser testemunha em Júri dos Nardoni

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21 de março de 2010, 16h00

O autor do livro proibido sobre o caso Isabella pediu para o juiz Maurício Fossen, responsável pelo Júri popular de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, para ser testemunha nesta segunda-feira (22/3). Paulo Papandreu encaminhou por e-mail ao magistrado a solicitação para integrar o rol de testemunhas, ao todo, foram arroladas 23 oficialmente. A informação é do portal G1.

No livro “Isabella”, proibido pela Justiça de circular, o médico e escritor gaúcho inocenta o casal pela morte de Isabella. Ele sugere que a menina morreu no dia 29 de março de 2008 devido a um acidente doméstico: Isabella teria caído sozinha da janela do sexto andar do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo.

Segundo o autor, é essa versão que Papandreu pretende levar ao júri. Mas por e-mail, o médico informou que “tudo indica que não vou ser aceito como testemunha em prol da Justiça, nem tampouco para testemunhar em sala fechada.”

Para o Ministério Público, no entanto, o que aconteceu no apartamento foi um crime e Alexandre Nardoni e Anna Carolin a Jatobá, respectivamente, pai e madrasta da menina, são acusados de matá-la. Segundo a perícia, Jatobá tentou esganar e asfixiar a enteada e Alexandre atirou a filha inconsciente pela janela que teve a tela de proteção rompida. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas morreu a caminho do hospital.

De acordo com a defesa do casal, um ladrão invadiu o apartamento e matou Isabella. Porém, essa terceira pessoa nunca foi encontrada pela polícia. Apesar disso, o advogado dos os réus, Roberto Podval chegou a cogitar a hipótese de utilizar a tese de acidente doméstico para explicar a morte da menina no júri.

O livro de Papandreau foi proibido pela Justiça após uma ação impetrada por Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella. Segundo a advogada Cristina Christo, ela não gostou de saber que Papandreu já havia publicado e vendido cópias de uma obra sobre a morte de sua filha, com a foto dela na capa, sem ao menos ter pedido sua autorização. O G1 apurou que o que há na ação é o valor do processo, para cobrir honorários etc, que é de cerca de R$ 200 mil.

Mesmo assim, Papandreu escreveu outro livro, esse chamado “O Limite”, no qual retrata o caso Isabella, sem usar nomes dos envolvidos.

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