Alvos de investigação

MPF diz que doleiro não citou Bancoop em depoimento

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19 de março de 2010, 21h47

O Ministério Público Federal em São Paulo afirmou que o material que recebeu da Procuradoria-Geral da República, que serviu de base para denunciar o doleiro Lúcio Bolonha Funaro por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro em 2008,  não menciona o ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), João Vaccari Neto, atual tesoureiro do PT. Vaccari é alvo de investigação do Ministério Público estadual paulista. A informação é da Agência Brasil.

O MPF diz que, segundo os depoimentos de Funaro, este e seu sócio, José Carlos Batista, utilizaram-se da empresa Garanhuns Empreendimentos para dissimular a transferência de R$ 6,5 milhões da agência de publicidade SMP&B, de Marcos Valério, ao antigo Partido Liberal (PL). "São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo, que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentação processual constante é de fevereiro de 2010", diz a nota do MPF-SP.

A nota informa que a procuradora Anamara Osório Silva, autora da denúncia oferecida em junho de 2008 e que levou à ação penal que tramita na Justiça contra Funaro e Batista, não pode confirmar se o depoimento concedido por Funaro em Brasília se deu por delação premiada.

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, que investiga organizações não governamentais, convocou Vaccari para depor, na próxima terça-feira (23/3), sobre denúncias de irregularidades na aplicação de recursos de fundos de pensão públicos pela cooperativa. Também foram convocados o promotor de Justiça José Carlos Blat, responsável pela investigação do caso pelo Ministério Público estadual paulista, Funaro e Hélio Malheiro, que afirmou haver desvio de dinheiro da cooperativa para financiamento de caixa dois de campanhas eleitorais.

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