Suspeita de caixa 2

PT quer reabertura de contas de governador interino

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2 de março de 2010, 17h03

O presidente regional do PT no Distrito Federal, Chico Vigilante, vai ingressar nesta segunda-feira (2/3) com uma representação no Ministério Público Eleitoral para reabrir as contas do governador interino do DF, o deputado federal Wilson Lima. Lima é suspeito de gastar mais da metade de seu salário como parlamentar na sua campanha para a Câmara Legislativa, em 2006. Segundo o petista, ele também teria usado caixa 2. A informação é da Agência Brasil.

“Não tenho dúvidas de que houve caixa 2. Uma das pessoas citadas como compradora de um micro-ônibus vendido pelo Wilson Lima é funcionária da Câmara que foi indicada por ele. Daí, a suspeita. Isso deve ser investigado”, afirmou Vigilante. O deputado se referiu à Edilair da Silva Sena, diretora de Recursos Humanos da Câmara Legislativa, que teria comprado o micro-ônibus de Lima, que não incluiu o veículo na sua lista de bens enviada à Justiça Eleitoral. Ela nega que tenha participado da operação.

Consciente que a ação impetrada pelo PT pode contribuir para a pressão em favor da intervenção federal no Distrito Federal, Vigilante disse que esta seria a única alternativa para “sanar” o Executivo e Legislativo locais. Mas ele negou que o PT queira indicar nomes para ocupar a função de interventor. “O PT não quer indicar nome algum. Esta é uma tarefa para o presidente da República. O interventor tem de ser um nome fora da política com conhecimento técnico e jurídico, além de uma conduta inquestionável”, afirmou.

No próximo dia 21, o PT do Distrito Federal fará as prévias para escolher o nome que disputará as eleições para o governo. Os dois candidatos que se inscreveram são o ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz e o deputado federal Geraldo Magela. Desde a prisão do governador afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido), Lima é o terceiro a assumir o governo local. Na semana passada, o vice-governador e então governador interino Paulo Octávio (sem partido) renunciou ao cargo. Arruda e Paulo Octávio são suspeitos de integrarem uma complexa rede de corrupção no Distrito Federal.

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