Busca e apreensão

PF faz operação em escritórios de advocacia

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18 de maio de 2010, 12h00

Policiais federais cumpriram na manhã desta terça-feira (18/5), em Cuiabá, mandados de busca e apreensão na operação batizada como Asafe. Até o momento, sete pessoas foram presas, outras duas estão sendo procuradas pela Polícia e são consideradas foragidas. No total, a PF cumpre 9 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão na operação que investiga prática de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A informação é do site da TV Centra América.

As pessoas presas, entre elas quatro advogados, estão sendo interrogadas na Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá. Os mandados de busca foram cumpridos em residências e escritórios de advocacia. A PF também esteve na casa do desembargador aposentado José Tadeu Cury, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Cury foi aposentado compulsoriamente no início do ano por determinação do Conselho Nacional de Justiça.

Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Jarbas Nascimento, ex-chefe de gabinete do desembargador aposentado, no bairro Boa Esperança. O advogado de Jarbas, Otto Medeiros, disse à TV Centro América que o ex-chefe de gabinete está prestando depoimento na sede da PF.

Seis membros do Ministério Público Federal e 10 representantes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, também acompanharam os policiais no cumprimento dos mandados em Cuiabá, Várzea Grande e Alto Paraguai.

A investigação que resultou na Operação Asafe, da Polícia Federal, foi determinada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça. A apuração começou há três anos quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.

O inquérito que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi no STJ e corre em segredo de Justiça. Por conta disso, a PF não prestará informações sobre as investigações. A Polícia Federal apenas informou que pretende ouvir 40 pessoas durante a investigação.

Os crimes investigados são de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A Polícia Federal explicou que o crime de exploração de prestígio é diferente do tráfico de influência, porque não envolve servidor público, mas pessoas ligadas a eles.

A investigação foi denominada Asafe em referência ao Salmo 82 da Bíblia, que trata de julgamentos injustos e tolerância com corrupção. 

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