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Servidores decidem manter greve no Judiciário de SP

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23 de junho de 2010, 22h04

Funcionários do Judiciário paulista decidiram, em assembleia na tarde desta quarta-feira (23/6), na praça João Mendes, região central de São Paulo, manter a greve que entrou em seu 57º dia. A informação é do portal UOL.

"Está muito difícil. O TJ nem sequer se predispõe a reabrir as negociações. O presidente do tribunal está sendo muito linha dura com a gente", desabafa Yvone Barreiros Moreira, presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo, uma das entidades envolvidas nas negociações.

Os grevistas pedem uma reposição salarial de 20,16%, além da suspensão da Resolução 520, que permite que os dias parados sejam descontados do salário dos grevistas.

"Nós não abrimos mãos dos nossos direitos. Não aceitamos que os dias parados sejam descontados do nosso salário. Estamos dispostos a trabalhar, a repor estes dias", afirma.

Os manifestantes também decidiram durante a assembleia criar um fundo de greve para ajudar na manutenção da paralisação. "Vamos criar uma conta bancária para que as pessoas possam contribuir com a nossa greve, principalmente no que diz respeito às viagens", afirmou a presidente da entidade.

Nesta quinta-feira (24/6), os grevistas se encontrarão para tentar uma reunião com o presidente do TJ-SP, desembargador Viana Santos. “Queremos que as negociações sejam reabertas”, disse Yvone.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 600 grevistas se concentraram nesta quarta-feira no Fórum João Mendes, na região central, de onde seguiram em passeata até o Pátio do Colégio.

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