Dança das cadeiras

Lista de candidatos ao MP-DF está nas mãos de Lula

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15 de junho de 2010, 18h14

A lista tríplice de nomes que poderão substituir o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, já está com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, levou o documento ao presidente nesta terça-feira (15/6). Não há data limite para a escolha.

Bandarra fica no cargo até o dia 2 de julho, quando acaba o seu mandato frente à procuradoria-geral do DF. Depois de quatro anos à da instituição, Bandarra deixa o cargo em meio a um escândalo que associou seu nome à corrupção na administração do governador cassado José Roberto Arruda. No início do mês, o Conselho Nacional do Ministério Público decidiu, por unanimidade, abrir procedimento disciplinar contra ele para apurar mais detalhes sobre o caso. Mas, por cinco votos a sete, o Conselho também decidiu mantê-lo no cargo durante as investigações.

Integram a lista encaminhada ao presidente Lula, por ordem decrescente de mais votados, o promotor Carlos Alberto Cantarutti (176 votos), a procuradora Eunice Pereira Amorim Carvalhido (155) e o promotor Diaulas Costa Ribeiro (133). Eles foram selecionados em eleição interna com a participação de 350 integrantes do Ministério Público do DF.

Se até o próximo dia 2 de julho o substituto de Bandarra ainda não tiver sido escolhido, a vice-procuradora, Maria Aparecida Donatti Barbosa, assume o posto.

Cantarutti é o presidente da Associação do Ministério Público do Distrito Federal e já está na segunda gestão frente à instituição. Tem o apoio da entidade de classe nacional e de parte do PT e lidera um grupo de oposição a Bandarra.

Eunice é mulher do ministro do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral Hamilton Carvalhido, e tem bom trânsito político no Judiciário. Tem o apoio do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e da chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

Diaulas Ribeiro escreveu trabalhos em que defende que não cabe recorrer ao Judiciário para pedir “alvará” para interrupção da gravidez em casos de feto anencéfalo ou outras anomalias congênitas. Em seus trabalhos esclarece quais são as normas técnicas que devem ser preenchidas, a exemplo de relatórios médicos e tempo de gravidez. É também idealizador da Promotoria Pró-Vida, que atua em temas de Direito Médico e do Biodireito. Ganhou fama enfrentando temas tabus, como a troca de sexo para transexuais e a interrupção da gestação de fetos anencéfalos, além de já ter processado dezenas de profissionais de saúde por erros médicos. Atuou na devolução de pertences de vítimas do acidente com um avião da Gol em 2006. Com informações da Agência Brasil.

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