Bens bloqueados

Justiça concede liberdade para acusada de fraude

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13 de junho de 2010, 13h37

A ex-advogada Maria Jorgina de Freitas, condenada por desvio de dinheiro no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na década de 90, foi solta nesse sábado (12/6). A liberdade foi concedida através de um alvará de soltura. Jorgina estava presa há quase 15 anos no presídio Nelson Hungria, no complexo prisional de Bangu (Zona Oeste do Rio). A informação é do jornal O Globo.

Ela foi condenada a devolver R$ 200 milhões aos cofres públicos. A decisão é da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que também condenou o contador Carlos Alberto Mello e manteve o bloqueio de todos os bens dos envolvidos na fraude para leilão.

Até agora, mais de R$ 69 milhões subtraídos pelo golpe já foram devolvidos. O valor total do desvio seria da ordem de R$ 500 milhões, mais de 50% de toda a arrecadação do INSS à época.

O escândalo foi descoberto em março de 1991, com a divulgação de uma lista de beneficiários de milionárias indenizações obtidas por fraudes aplicadas por advogados. O procurador do INSS Volney Ávila denunciou no mesmo mês a existência da quadrilha. O esquema funcionava a partir da fraude de documentos para autorizar o pagamento de indenizações por acidentes de trabalho.

Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão pelo desvio de R$ 112 milhões em 1992, mas fugiu para a Costa Rica, onde ficou até 1997. Ela foi recapturada pela Justiça brasileira em 2008 e está presa desde então. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal negou recurso de Jorgina.

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