HC por e-mail

Desconhecido pede liberdade para o goleiro Bruno

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15 de julho de 2010, 18h32

A Justiça de Contagem recebeu nesta quarta-feira (14/7) um pedido de Habeas Corpus em favor do goleiro Bruno Fernandes, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o pedido de HC foi feito por e-mail por João Carlos Augusto Melo, do Rio de Janeiro. O advogado defesa de Bruno, Frederico Franco, afirmou não saber quem fez o pedido.

O TJ-MG não divulgou qual o argumento usado para pedir a libertação do goleiro. O HC pode ser pedido por qualquer pessoa, independentemente de ser advogado ou de ter ligação com o caso. O pedido ainda não foi distribuído para avaliação, informou o tribunal. Após o recebimento, ele deve ser analisado em 48 horas por um desembargador.

No final da tarde desta quarta-feira, a juíza Marixa Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, recebeu o primeiro pedido de liberdade no caso do desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio. A intenção era a revogação da prisão temporária de Sérgio Rosa Sales, conhecido como Camelo, primo e funcionário do goleiro.

O advogado de Camelo, Marco Antônio Siqueira, disse à Folha de S.Paulo que, pelo seu entendimento, “não pode haver supressão de instâncias” do Poder Judiciário. Por esse motivo, ele abriu mão, por enquanto, do HC e preferiu recorrer à mesma autoridade judicial que decretou a prisão temporária de 30 dias de oito dos nove investigados no caso.

Quebra de sigilo
A juíza Marixa Lopes, do Tribunal do Júri de Contagem (MG), autorizou nesta quarta-feira (14/7) a quebra do sigilo telefônico do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio. Além do goleiro, foram liberados os dados telefônicos do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola), Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza (Coxinha), Flávio Caetano de Araújo e do adolescente de 17 anos (primo de Bruno).

O pedido foi feito pela Polícia Civil de Contagem. A Justiça já havia autorizado a quebra do sigilo telefônico de outras três pessoas, de Eliza, de Dayanne Rodrigues do Carmo Souza (mulher do goleiro) e de Luiz Henrique Romão (Macarrão). A polícia pretende ouvir os telefonemas dados e recebidos antes e depois do desaparecimento da ex-namorada de Bruno.

A delegada da Divisão de Homicídios de Minas Gerais, Alessandra Wilke, informou nesta quinta-feira (15/7) que vai intimar para depor Fernanda Gomes de Castro, suspeita de ser namorada do goleiro Bruno. Segundo o depoimento do adolescente, primo de Bruno, ela cuidou do filho de Eliza no Rio de Janeiro, antes de a vítima ser levada para Minas Gerais.

Como as características físicas são parecidas e Bruno foi visto saindo de sua casa com o carro de Fernanda, a polícia irá investigar o envolvimento dela no caso. Além disso, a polícia encontrou fotos dela ao lado de Bruno, no site do goleiro.

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