Crise política

Suspenso ato que demitiu presidente do BC argentino

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8 de janeiro de 2010, 18h36

A juíza María José Sarmiento suspendeu, nesta sexta-feira (8/1), o decreto que exonerou o presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado. O funcionário tinha sido demitido por um decreto de urgência assinado pela presidente Cristina Kirchner e todos os ministros do governo argentino. As informações são do portal G1.

O motivo da demissão seria a recusa do presidente do Banco Central argentino em usar US$ 6 bilhões em reservas em moeda estrangeira para pagar dívidas soberanas da Argentina em 2010. "As reservas são de todos os argentinos e se quiserem dar a elas algum destino alternativo, o tema deve passar pelo Congresso", disse Redrado ao jornal La Nación. Após a decisão judicial, Redrado voltou imediatamente à sede do BC, que foi ocupada, desde a demissão, pelo vice-presidente do BC, Miguel Ángel Pesce.

Para a oposição ao governo argentino, Cristina deveria ter convocado uma sessão extraordinária do Congresso. A presidente argumentou que Redrado foi demitido por "má conduta", mas, segundo juristas argentinos, mesmo nesse caso o decreto presidencial teria que ter anuência prévia de uma comissão de senadores.

A juíza também suspendeu a aplicação do decreto presidencial que cria o Fundo do Bicentenário, formado por US$ 6,5 bilhões das reservas do BC, destinado ao cumprimento dos compromissos financeiros do governo em 2010. O pedido de medida cautelar foi apresentado por duas ações de partidos de oposição: uma da União Cívica Radical (UCR) e outra da Coalizão Cívica junto com o Proposta Republicana (Pro).

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