Estratégia de defesa

Argentina limita exploração da Inglaterra nas Malvinas

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17 de fevereiro de 2010, 14h26

Barcos e navios estrangeiros precisam de autorização oficial para transitarem por águas da Argentina. Segundo o vice-chanceler do país, Victorio Taccetti, a medida do governo argentino tornará mais cara e difícil a exploração do petróleo por empresas inglesas nas Ilhas Malvinas. As informações são da Agência Brasil.

“O decreto é parte da estratégia de defesa de nossos legítimos direitos [sobre as Malvinas), que são desconhecidos sistematicamente pelo governo britânico”, afirmou. A medida entra em vigor no mesmo momento em que as empresas de petróleo inglesas anunciaram o início das atividades de exploração de hidrocarbonetos na região.

O decreto será coordenado por uma comissão formada por cinco ministérios, que, por sua vez, terão coordenação das Relações Exteriores e da Economia. “Eles [os ingleses] querem explorar unilateral e ilegitimamente os recursos naturais que são da Argentina. [Por isso] a Argentina deve tomar medidas apropriadas para defender seus interesses e direitos”, disse o vice-chanceler.

O controle das ilhas é disputado pelos dois países desde o século XIX. Em 1982, Argentina e Inglaterra chegaram a participar de confronto armado na área. Para Cristina Kirchner, presidente do país latino-americano, o objetivo é defender os direitos dos argentinos.

De acordo com Taccetti, a Organização das Nações Unidas admite que existe “um litígio entre os dois países”. Para o vice-chanceler, os países vizinhos na América do Sul apóiam a Argentina. No entanto, o governo sofre críticas e cobranças sobre o decreto. Remediando a situação, Tacetti se mostra aberto para esclarecimentos.

“Estamos abertos a explicar o que foi feito e o que está sendo feito a qualquer momento. Isso felizmente é uma questão que todos os argentinos são muito próximos”, finalizou.

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