Medida de proteção

Justiça proíbe MST de invadir fazenda em São Paulo

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16 de fevereiro de 2010, 12h15

A Justiça de Tupã, interior de São Paulo, proibiu dissidentes do MST de invadirem a Fazenda Bandeirantes, em Salmourão, região da Alta Paulista, sob pena de prisão. A liminar foi dada em ação de interdito proibitório, medida jurídica de proteção à propriedade, movida pelos donos da fazenda. Desde sábado, cerca de 200 sem-terra estão acampados num dos limites da fazenda. Se houver descumprimento, órgãos da Segurança Pública poderão ser acionados para prender os invasores. A informação é do Estadão.

A fazenda é uma das 63 áreas que integrantes dos grupos ligados ao líder dissidente José Rainha Júnior escolheram para acampar, no chamado "carnaval vermelho". A mobilização envolveu cerca de 5 mil sem-terra. Na Bandeirantes, eles ergueram barracos e fincaram a bandeira do MST. Estenderam ainda uma faixa com os dizeres: "Esta fazenda pertence à reforma agrária."

Rainha criticou o fato de a liminar ter sido dada num dia em que o fórum estava fechado. "Espero que os pobres que procurarem a Justiça durante o carnaval também sejam atendidos", afirmou. Ele disse que a ordem será respeitada, mas os sem-terra continuarão acampados no local. Segundo ele, a Justiça não determinou que o grupo se afastasse da área.

Esta semana, Rainha vai pedir audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O objetivo, segundo ele, é discutir a falta de recursos para novos assentamentos.

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