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EUA revogam visto de embaixador venezuelano

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30 de dezembro de 2010, 14h21

O Departamento de Estado americano revogou o visto do embaixador venezuelano nos Estados Unidos, Bernardo Álvarez Herrera, devido à recusa do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de aceitar o nome indicado para o cargo de embaixador em Caracas, Larry Palmer. Analistas afirmam que ainda não está claro como o episódio vai afetar o relacionamento entre os dois países. As informações são da Agência Brasil.

Chávez recusou a indicação do governo americano, pois não gostou dos comentários de Palmer a respeito da política interna venezuelana. O diplomata americano disse que o moral das Forças Armadas da Venezuela estava baixo e que teme que rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se abriguem em território venezuelano.

“Avisamos que haveria consequências quando o governo venezuelano rescindiu o acordo em relação a nosso indicado, Larry Palmer”, informou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.

Em resposta, o presidente venezuelano afirmou, na quarta-feira (29/12), à televisão estatal que os Estados Unidos ameaçaram retaliar o governo venezuelano. “Eles [os americanos] podem fazer o que eles quiserem, mas aquele homem não vai vir aqui como embaixador. Qualquer um que venha para cá como embaixador tem de demonstrar respeito. Este é um país que precisa ser respeitado”. Chávez afirmou ainda que “se [os Estados Unidos] quiserem cortar relações diplomáticas, que o façam”.

A situação entre a Venezuela e os Estados Unidos deu sinais de melhora depois da eleição do presidente americano Barack Obama, mas, algum tempo depois, Chávez declarou que Obama era “uma grande decepção” e que tinha “o mesmo fedor de George W. Bush”. Apesar das diferenças políticas com os Estados Unidos, a Venezuela continua sendo o quinto maior fornecedor de petróleo bruto para aquele país.

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