reajuste salarial

Aeroviários retomam negociação com empresas

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26 de dezembro de 2010, 15h52

Os funcionários das companhias aéreas que trabalham em terra retomarão as negociações com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas nesta segunda-feira (27/12. Eles pretendem rediscutir a proposta de reajuste salarial de 8%, apresentada esta semana pelos patrões. As informações são da Agência Brasil.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Marcelo Schmidt, declarou que a proposta das empresas é insuficiente porque “não toca nos pisos [salariais], não trata de forma diferente os salários mais baixos, que são uma vergonha, de R$ 700, e também não atinge os dois dígitos, que são aquilo que a gente acha justo para essa repartição do bolo”.

O pleito inicial de aeroviários e aeronautas — que trabalham embarcados — era de reajuste de 15%. O percentual foi flexibilizado posteriormente para 13%. As empresas, por sua vez, ofereceram aumento de 6,08%, o que representaria a correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), elevando a proposta, a seguir, para 6,5% e, agora, para 8%.

Para Schmidt, contudo, os 8% oferecidos pelos patrões significam apenas o início da negociação. “A gente parte de um patamar ridículo para um patamar inicial de negociação”. O SNA vai procurar os sindicatos de menor representatividade, com o intuito de convencê-los a não aceitar essa correção.

Os aeroviários obedecerão a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, que limitou a paralização a 20% do efetivo. Ainda assim, “as movimentações de greve vão continuar normais, dentro daquilo que o TST fixou”, assegurou Schmidt.

Segundo o secretário-geral do SNA, a decisão do TST é equivocada e tem a intenção de travar o movimento da categoria. “Depois que a gente cassar [a decisão do TST], a gente vai se preparar para a greve novamente”, prometeu. Schmidt chamou a atenção para o fato de que, de cada 100 trabalhadores, “os 20 que ficam [nos piquetes] são massacrados pela chefia”.

Marcelo Schmidt esclareceu que as empresas aéreas não têm um plano de carreira para os empregados, o que faz com que estes permaneçam, muitas vezes, mais de dez anos com o mesmo salário. “O que a gente quer é que se discuta a nossa pauta. E não, apenas, uma simples mudança de 6% para 8%”, insistiu.

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