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Sindicato dos aeroviários derruba liminar que impedia greve da categoria

24 de dezembro de 2010, 11h29

Por Redação ConJur

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O Sindicato Nacional dos Aeroviários conseguiu cancelar na Justiça, na noite desta quinta-feira (23/12), a liminar da Justiça Federal no Distrito Federal que estendia até 10 de janeiro a proibição de greve da categoria, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Com a queda da liminar, fica mantida a decisão do Tribunal Superior do Trabalho da última quarta-feira (22/12). De acordo com a sentença, 80% do efetivo dos aeronautas e aeroviários, entre 23 de dezembro e 2 de janeiro de 2011, devem trabalhar.

Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, informou que os aeroviários suspenderam as manifestações assim que receberam a notícia. No entanto, ela disse que a maior parte dos empregados ainda não soube da notícia. "Esperamos resolver essa situação antes do Ano Novo. É a nossa expectativa, não quer dizer que vá acontecer", afirmou Balbino.

A greve do setor aéreo, que havia sido anunciada pela categoria, foi suspensa nesta quinta-feira (23/12) após decisões judiciais. Durante reunião, o sindicato patronal apresentou proposta de reajuste de 8% e desistiu, por enquanto, de mudar o dissídio de dezembro para abril. Um acordo ainda não foi fechado.

A ameaça de greve começou com um impasse nas negociações do reajuste salarial. No início da negociação, as empresas queriam apenas repor a inflação — calculada em 6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor — e oferecer ganhos reais somente a partir de abril. Os aeroviários pediram reajuste de salários de 13% e um percentual ainda maior, de 30%, para os que recebem o piso. Já os aeronautas queriam aumento de 15%.