A Justiça e o Direito nos jornais desta quinta-feira
18 de dezembro de 2014, 9h45
O juiz Dasser Lattiere Júnior, da 4ª Vara Federal em São José do Rio Preto (SP) determinou a quebra dos sigilos telefônicos de um jornalista para descobrir a fonte de uma reportagem com base em informações de escutas telefônicas legais feitas pela Polícia Federal. Logo após a publicação das reportagens, o procurador da República Álvaro Stipp contatou o jornalista para que ele revelasse sua fonte. Diante da negativa, pediu a abertura de inquérito por coautoria em quebra de sigilo das investigações. Como não conseguiu identificar as fontes do repórter, a PF solicitou o arquivamento do processo. O pedido foi negado neste ano pelo procurador Svamer Cordeiro, que solicitou a realização de novas diligências, entre elas o pedido de quebra dos sigilos telefônicos do jornalista e do jornal. As informações são do jornal O Globo.
Investigação contra políticos
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá em fevereiro de 2015 investigação contra cerca de 30 deputados e senadores por envolvimento nas irregularidades na Petrobras que são alvo da operação “lava jato”. Os pedidos ocorrerão só em fevereiro porque, antes, é necessário homologar a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema criminoso. Janot enviou nesta quarta-feira (17/12) ao Supremo Tribunal Federal os documentos relacionados à delação e, agora, espera que o ministro Teori Zavascki, relator do caso, decida sobre a homologação. As informações são do jornal O Globo.
Denúncias aceitas
A Justiça Federal aceitou a última das seis denúncias propostas pelo Ministério Público Federal durante as investigações da operação “lava jato”. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, Julio Camargo, da Toyo Setal, e o doleiro Alberto Youssef vão responder por superfaturamento na construção de dois navios. Assim, os 39 indiciados pelo MPF viraram réus no escândalo que desviou R$ 1,482 bilhão da estatal. As informações são do jornal O Globo.
Avanço no Judiciário
Ponto polêmico da reforma do Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça é apontado hoje por especialistas como um dos principais avanços no sistema jurídico brasileiro. É o órgão responsável pelo combate ao nepotismo e pela punição de juízes — 68 até agora —, algo antes impensável. E também pela modernização e transparência do Judiciário, com a divulgação de estatísticas que, há dez anos, não existiam. Antes da sua instalação, em junho de 2005, o CNJ sofreu seu primeiro ataque, por meio de ação direta de inconstitucionalidade da Associação dos Magistrados Brasileiros. Mas saiu fortalecido. Os ministros rejeitaram o pedido da entidade e criticaram o corporativismo da categoria. Hoje, a associação tornou-se aliada do CNJ. As informações são do jornal Valor Econômico.
Sem estrutura
O Conselho Nacional de Justiça luta atualmente por uma sede própria. Instalado provisoriamente em prédios cedidos pela União, com infraestrutura deficiente, o órgão já ouviu promessas, mas ainda não tem data para a mudança. De acordo com a assessoria de imprensa do CNJ, o órgão está atualmente dividido em cinco prédios. As informações são do jornal Valor Econômico.
Publicação contestada
O Conselho Nacional de Justiça apagou de sua página no Facebook publicação que foi chamada de "machista" e "sexista" por seguidores. A frase polêmica, ilustrada com a figura feminina que representa a Justiça, é atribuída a J. J. Calmon de Passos (1920-2008): "Jurista é esse homem apaixonado pela perseguição dessa bela mulher inconquistável que se chama justiça". Usuários questionaram se "só homens podem ser juristas". "Em nenhum momento, o CNJ teve o intuito de ofender os internautas ou difundir o machismo", diz o CNJ, em nota. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Aumento de salário
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram nesta quarta-feira (17/12), em votações simbólicas, o reajuste de seus salários e dos vencimentos das autoridades do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público. Os ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República, que recebem R$ 29,4 mil, passarão a ganhar R$ 33,8 mil. O aumento vai gerar efeito cascata, reajustando salários no Judiciário e no Ministério Público. Também ampliará os gastos com pagamentos de servidores, já que os vencimentos dos ministros do STF são o teto do funcionalismo público. As informações são do jornal O Globo.
Feminicídio
O Senado aprovou nesta quarta-feira (17/12) a inclusão do crime conhecido como "feminicídio" no Código Penal. O termo define o homicídio praticado contra a mulher por razão de gênero ou mediante violência doméstica e/ou sexual. A pena definida pelo Código Penal para os crimes de "feminicídio" são de 12 a 30 anos de reclusão. O projeto segue agora para a apreciação na Câmara dos Deputados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Diretrizes Orçamentárias
Em uma votação relâmpago, que durou menos de um minuto, o Congresso aprovou nesta quarta-feira (17/12) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015, proposição considerada vital para Palácio do Planalto para evitar uma "apagão financeiro" no início do próximo ano. O texto estabelece que a meta a ser perseguida pelo governo central no próximo ano será de R$ 55,3 bilhões, o que representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Contando o resultado de Estados e municípios, a meta do setor público consolidado passa a ser de R$ 66,3 bilhões (1,2%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Contas eleitorais
O PSDB ingressará com uma série de ações na Justiça Eleitoral pedindo investigações sobre a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), cuja diplomação está marcada para esta quinta (18/12). Presidido pelo senador Aécio Neves (MG), que perdeu a eleição presidencial deste ano para Dilma, o partido estuda até a apresentação de um recurso contra a diplomação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Improbidade administrativa
A 22ª Câmara Cível do Rio de Janeiro condenou a Petrobras e a BR Distribuidora por improbidade administrativa. No início dos anos 2000, sem licitação, a empresa recebeu contrato de permissão de uso de terrenos para abrigar seus postos de gasolina em pontos nobre, como a Av. Atlântica. Segundo o relator, desembargador Marcelo Buhatem, a prefeitura será obrigada a fazer uma licitação para as áreas, e a Petrobras e a BR estão proibidas de fazer novos contratos com instituições públicas. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Redução de danos
Ficarão isentos de impostos municipais os dez imóveis atingidos pelo jato que levava Eduardo Campos e caiu em agosto, matando o presidenciável, assessores e pilotos. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), vai sancionar lei que promove o perdão dos tributos devidos em 2014 e isenta os moradores de pagar IPTU e taxa de lixo, e os comerciantes, de ISS e taxa de licença, em 2015 e 2016. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Danos morais
Os executivos Julián Eguren, ex-presidente da Usiminas, e os ex-diretores Marcelo Chara e Paolo Bassetti entraram com ação de indenização por danos morais contra Paulo Penido, presidente do conselho de administração da siderúrgica mineira, sob a alegação de se "buscar a reparação pelos graves danos morais infligidos às suas imagem e reputação profissional, abaladas pela ilegal conduta do executivo ao destituí-los dos cargos que ocupavam na companhia". Os três executivos, todos indicados pela Ternium, sócia da companhia desde o início de 2012, foram destituídos no fim de setembro, após um racha na reunião do conselho da companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ações trabalhistas
O ministro Marco Aurélio Bellize, do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu recurso do Citibank para que os R$ 110 milhões pagos pela Petrobras ao empresário Nelson Tanure não fossem usados em ações trabalhistas de ex-funcionários do Jornal do Brasil. O dinheiro está bloqueado. Mas, agora, a juíza da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro já pode pedir a transferência do dinheiro para que a Justiça do Trabalho pague as indenizações, que somam uns R$ 70 milhões. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Ataque de hackers
Sony está enfrentando dois processos de quatro ex-funcionários que dizem que a companhia não fez o suficiente para prevenir que hackers roubassem dados pessoais de seus trabalhadores no ataque sofrido recentemente pela empresa. Os reclamantes pedem uma indenização por danos e querem que a Sony pague por serviços de monitoramento de crédito aos funcionários por ao menos cinco anos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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