Composição de governo

José Eduardo Cardozo será ministro da Justiça

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3 de dezembro de 2010, 18h40

A presidente eleita, Dilma Rousseff, anunciou nesta sexta-feira (3/12) três novos ministros para compor o seu governo. Ela confirmou Antonio Palocci na Casa Civil, Gilberto Carvalho na Secretaria Geral da Presidência e José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça. O anúncio foi feito por meio de comunicado, como ocorreu com a divulgação na semana passada da equipe econômica. Na semana passada, a revista Consultor Jurídico antecipou que Cardozo seria o novo ministro da Justiça.

"A presidenta eleita orientou os futuros ministros a trabalhar de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento a seu programa de desenvolvimento com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica", informou o texto do comunicado da presidente eleita.

Em entrevista à revista Consultor Jurídico, em 2005, José Eduardo Cardozo afirmou que a melhor saída para a crise política é a punição de todos os culpados de transgressões éticas e um pacto de convivência mínima entre todos os partidos. “Se não houver um entendimento para uma eventual eleição de um novo presidente da Câmara, o resultado será um novo desastre”, diz.

Ao ser perguntado sobre as pizzas nos fornos das CPIs, Cardozo disse que todos os órgãos em geral são corporativos. "O Parlamento tem uma dose de corporativismo impressionante. Se a sociedade relaxar, eu acho que não demora muito para sair a pizza. E o forno fica permanentemente quente. Hoje eu acho que ninguém ousa propor um acordo, mas o resultado vai depender muito da energia que a sociedade passar".

Além de política, Cardozo também falou sobre o tratamento que os depoentes de CPIs recebem. Para ele, muitos parlamentares não têm o menor senso, o mínimo, de respeito. "O depoente seja ele quem for, tem que ter sua dignidade respeitada. Então, de repente, você vê alguns deputados darem pito no cara, dar bronca. ‘O que o senhor acha? O senhor está envergonhado?’. CPI não é confessionário, não é divã de analista, não é conselho familiar para ficar dando bronca".

Cardozo acredita que soluções permanentes para a crise dependem de uma ampla reforma política na qual esteja contemplada a valorização dos partidos. Para isso, ele acha imprescindível a exigência da fidelidade partidária e de um sistema eleitoral menos volátil. Embora considere difícil, diz que o ideal seria a adoção do voto distrital misto.

 

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