Vila Formosa

Ossos podem ser de desaparecidos políticos, diz MPF

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1 de dezembro de 2010, 18h26

Ossos sem nenhum tipo de identificação ou separação foram encontrados em um ossuário clandestino no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo. De acordo com o procurador regional da República Marlon Alberto Waichert, "não se descarta a possibilidade de existirem ossos de desaparecidos políticos entre o material hoje localizado". Waichert faz parte da equipe formada por representantes do Ministério Público Federal em São Paulo, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Instituto Nacional de Criminalística do Departamento de Polícia Federal e do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo que encontrou o material.

Segundo o procurador, por conta do peso depositado sobre os ossos e da umidade ambiente, além da mistura dos ossos (alguns, inclusive, esfacelados), o material se encontra em péssimo estado de conservação. Após uma camada de um metro e meio de terra, mais um metro e meio de ossos acondicionados em sacos, foi localizada uma nova camada de meio-metro de profundidade com ossos soltos e espalhados. O MPF afirma que, em meados dos anos 1970, os ossos foram retirados de quadras e despejados nesse compartimento localizado embaixo do letreiro do cemitério.

Em outra frente de trabalho, foram demarcadas as áreas suspeitas de corresponderem às sepultoras de Virgílio Gomes da Silva e Sérgio Correia, prevendo-se a realização de exumação para amanhã. Constatou-se, porém, que os registros de sepultamentos do cemitério são precários, o que dificulta  a confirmação da sepultura. Com informações da Assessoria de Imprensa da Procuradoria da República de São Paulo.

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