Deputado entra com queixa-crime contra Ciro Gomes
30 de abril de 2010, 16h58
O deputado federal Eduardo Cosentino da Cunha (PMDB-RJ) ofereceu, no Supremo Tribunal Federal, queixa-crime contra o também deputado Ciro Ferreira Gomes (PSB-CE). Cunha acusa Ciro Gomes de difamação e injúria. O relator do processo é o ministro Celso de Mello.
Segundo a queixa-crime apresentada por Cunha, no final do ano passado, em palestra dada em Fortaleza sobre as projeções políticas e o cenário econômico esperado para o ano de 2010, Ciro Gomes classificou o outro deputado como exemplo de pessoa que “‘não presta’, assim entendido como pessoa inservível, inútil e sem prestimosidade”.
De acordo com a queixa, ele disse, ainda, que Cunha era “uma espécie de feiticeiro da aldeia”, ao mencionar o desempenho da função dele no PMDB. “Sarcasticamente, [Ciro] comparou tanto o querelante [Eduardo] como o seu partido político a uma tribo indígena, na alusão de ser composto por diferentes grupos sociais ao dizer que ‘Eduardo Cunha é da etnia fluminense’”, afirmou o advogado de Cunha na queixa. “Quando Ciro Gomes chamou Eduardo Cunha de uma espécie de ‘pajé’ do PMDB, o insultou com a frase de que o querelante ‘costuma lançar feitiços na direção das arcas de Furnas’”, disse o advogado.
Ainda segundo o advogado, no final da palestra, o deputado chamou Eduardo Cunha de “trambiqueiro”, ao dizer que “ele é o relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias”. Para a defesa de Cunha, a palestra de Ciro Gomes, na presença de inúmeras pessoas, desrespeitou a honra e a imagem do deputado pelo Rio.
Na queixa, Cunha diz que “as ofensas perpetradas pelo querelado [Ciro] não guardaram qualquer conexão com a atividade parlamentar. Trata-se, sem dúvida alguma, de manifestações difamatórias e injuriosas, direcionadas de modo pessoal contra o querelante [Eduardo]”, diz a queixa. Com informações da Assessoria de Imprensa do Supremo.
Inquérito 2.954
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