Celulares falsificados

PF tenta prender acusados de contrabando

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17 de setembro de 2009, 12h16

A Polícia Federal de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira (17/9), as operações batizadas como Wei Jin e Linha Cruzada — o objetivo é cumprir 16 ordens judiciais de prisão e 19 de busca e apreensão em lojas, residências, depósitos, escritórios de advocacia e em uma instituição pública. Foram presos um ex-oficial do Exército Brasileiro e um cidadão chileno, ex-membro do Serviço Secreto do Chile. A acusação da PF é a de contrabando de celulares falsificados.

A Operação Wei Jin, que significa “trazer mercadoria proibida”, explica a PF, tem a intenção de desarticular “uma organização criminosa especializada no contrabando de celulares falsificados oriundos da China, por meio do serviço dos Correios, para abastecer o comércio ilícito de São Paulo e região nordeste do Brasil”.

Segundo a PF, “essa organização era integrada por despachantes aduaneiros, lojistas, gráficos e um funcionário público, que funcionava como elo entre o chefe da quadrilha e alguns lojistas, no sentido de obter informações privilegiadas sobre investigações em andamento e possíveis operações policiais de repressão ao comércio ilícito na região central”.

No relatório preliminar, divulgado na manhã desta quinta-feira, a PF informa que “entre os presos da organização, que girava altos valores em contas na China, há um importante integrante que revendia para uma rede de distribuição mais de 4.000 celulares e acessórios, o que movimentava mais de 1 milhão de reais por mês. A importância hierárquica desse integrante da organização é verificada, pois ele adquiria os celulares falsificados diretamente da China. Ele é um conhecido mestre de Kung Fu, ocupando cargo na liga nacional da modalidade”.

Durante os trabalhos investigativos, verificou-se que o líder da organização e seus filhos falsificavam atestados médicos que instruem procedimentos para estrangeiros se beneficiarem da Lei da Anistia, fraudando a data de ingresso no país, prossegue a Polícia Federal.

Também foram presas duas pessoas sob acusação de obter “dados cadastrais em empresas de telefonia móvel para fazer espionagem”, o que gerou o nome Linha Cruzada. Com informações da Assessoria de Imprensa da PF de São Paulo.

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