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Clubes de futebol devem aderir a programa que oferece emprego a presos

16 de outubro de 2009, 2h57

Por Redação ConJur

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O Clube dos 13, formado pelo principais clubes do futebol brasileiros, devem aderir ao programa Começar de Novo, que dá oportunidade de trabalho a presos em regime semiaberto. Os representantes da entidade participaram de encontro nesta quinta-feira (15/10) com o ministro Gilmar Mendes, presidente do Conselho Nacional de Justiça. A ideia é proporcionar vagas de trabalho nos clubes e oferecer a prática de esportes para aqueles que procuram ser reintegrados à sociedade.

O presidente da Comissão Especial de Responsabilidade Social do Clube, André Sanches, saiu animado do encontro e disse que até o final do ano deverá ser firmado acordo para inserir egressos e menores infratores nos clubes de futebol. “Nós, do Clube dos 13, aproveitando a proximidade da Copa do Mundo e a paixão que todo brasileiro tem por futebol, vamos nos engajar na responsabilidade social para poder ajudar a sociedade brasileira”, afirmou.

Outro ponto a ser discutido dentro do programa é a indicação de um jogador de futebol para atuar como embaixador ou padrinho do projeto. Para André Sanches, é preciso perder o preconceito de pensar que uma pessoa que cometeu um crime e pagou por ele na prisão não pode voltar para a sociedade. “Os clubes estão encampando a proposta do CNJ”, defendeu.

"A participação do Clube dos 13 no programa Começar de Novo demonstra que a sociedade brasileira está efetivamente disposta a resolver, com eficácia e máxima transparência, o secular problema da reinserção social dos egressos do sistema prisional", disse o ministro Gilmar Mendes. Segundo o secretário-geral do CNJ, Rubens Curado, a proposta é trabalhar na ressocialização de egressos do sistema penitenciário, até como mecanismo de segurança pública, para evitar que eles retornem ao crime. Para Curado, a aproximação com o Clube dos 13 pode fazer com que, por meio do futebol e da mídia ligada ao futebol, haja uma disseminação social do tema e que sirva como exemplo para outras entidades.

“Fomos surpreendidos positivamente ao perceber que o Clube dos 13 também tem uma comissão de responsabilidade social, com alguns trabalhos ligados a egressos e a menores, fazendo então um casamento entre a iniciativa do CNJ e a iniciativa do clube”, sustentou Rubens Curado.

O programa Começar de Novo do CNJ dá oportunidades no mercado de trabalho a presos a partir de convênios com o entidades como Sesi, Senai e Fiesp. O programa ainda oferece contratação de presos que já cumprem pena em regime domiciliar, condicional ou semiaberto em órgãos do Judiciário. Com informações da Assessoria de Imprensa do Supremo Tribunal Federal.