Protesto de servidores

OAB paulista quer suspensão de prazos

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6 de outubro de 2009, 11h58

A seccional paulista da OAB encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Vallim Bellocchi, para pedir a suspensão dos prazos e das audiências marcadas para a última sexta-feira (2/10) no Fórum João Mendes. O pedido é conseqüência da manifestação – que acabou com um panelaço e o enterro simbólico do presidente do TJ-SP – pelos servidores do Judiciário. A mobilização impediu que advogados entrassem no prédio.

O protesto aconteceu durante a assembleia geral dos servidores do Judiciário paulista que estão em campanha salarial há oito meses. Tudo começou na praça João Mendes com direito a panelaço, buzinaço e o enterro simbólico do presidente do tribunal.

A reunião começou com a execução da marcha fúnebre. Um caixão rodou pela praça. Depois, os manifestantes entraram no fórum João Mendes, na tentativa de convocar os colegas a participar da assembleia. Eles seguiram pelos andares do prédio até que a direção do tribunal determinou o fechamento das portas do maior fórum do país. Advogados, estagiários e servidores foram impedidos de entrar ou sair do local. Os manifestantes que estavam do lado de fora decidiram invadir o prédio.

O impasse foi resolvido com a presença do desembargador Antonio Carlos Malheiros e do juiz diretor do fórum João Mendes, Flávio Abramovidici. Os dois negociaram a saída dos manifestantes do local. Os servidores saíram com a promessa de uma reunião com as comissões de negociação salarial e de orçamento e com o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey. O encontro ainda não tem data marcada.

Os servidores do Judiciário decidiram marcar audiência com o CNJ, em Brasília, para pedir celeridade no processo de inspeção no Tribunal de Justiça paulista. Os manifestantes ainda deliberaram um “júri” para fazer o julgamento da administração do maior tribunal do país.

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