Caixa de Pandora

Partidos querem afastamento de governantes do DEM

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29 de novembro de 2009, 15h42

Os partidos de oposição ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), devem recorrer à Justiça para exigir o afastamento dele, de seu vice-governador, Paulo Octávio (DEM), e do presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM-DF). Eles são acusados de comandar um esquema de corrupção envolvendo pagamento de propina no DF. A informação é da Agência Brasil.

O presidente do PT do Distrito Federal pretende enviar uma ação à Justiça que consiga garantir que o presidente do Tribunal de Justiça do DF, Niveo Gonçalves, seja nomeado governador em decorrência das últimas acusações. Ele já marcou uma reunião com os comandos do PSB, PDT e movimentos sindicais para esta segunda-feira (30/11), às 15 horas. “Não há condições de o Distrito Federal ser comandado pelo atual governador, seu vice ou o presidente da Câmara. Todos estão sob suspeita e a situação piora a cada momento”, afirmou Vigilante. “A situação é tão grave que somos surpreendidos o tempo todo com notícias, isso gera uma insegurança sem igual”.

A iniciativa do PT do Distrito Federal segue orientação do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). De acordo com Vigilante, Berzoini considerou as denúncias gravíssimas e determinou que o caso seja tratado com máxima urgência pelo partido. “O Berzoini telefona o tempo todo para saber dos desdobramentos. O PT considera o assunto o máximo de gravidade”.

Na sexta-feira (27/11), a Polícia Federal deflagrou a operação intitulada Caixa de Pandora e identificou um suposto e complexo esquema de corrupção envolvendo Arruda, Paulo Octávio, Prudente e parte da cúpula do governo do Distrito Federal. Pelas investigações, existiria um “mensalão” que arrecadou cerca de R$ 600 mil com empresas privadas, que seriam repassados para colaboradores.

As denúncias levaram Arruda a afastar oito de seus assessores diretos. Imagens gravadas pela Polícia Federal em DVD mostram o governador recebendo dinheiro das mãos do assessor Durval Barbosa – responsável pelas acusações e parte das informações repassadas aos policiais.

Desde setembro deste ano, tramita no Superior Tribunal de Justiça o processo de investigação sobre o suposto esquema de corrupção e distribuição de recursos. Porém, Vigilante afirmou que as denúncias são mais antigas e tiveram início na campanha do ex-governador e ex-senador Joaqum Roriz – hoje adversário de Arruda, mas aliado no passado. 

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