Cansado de esperar

Battisti faz greve de fome para ser julgado no STF

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6 de novembro de 2009, 4h05

O ex-militante italiano de esquerda, Cesare Battisti, aguarda em greve de fome o julgamento de sua extradição, marcado para a próxima quinta-feira (12/11). De acordo com o site G1, a informação veio do movimento Crítica Radical, liderado pela ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, e pela professora Rosa da Fonseca, que defendem a permanência de Battisti no Brasil como anistiado político. 

A ex-prefeita, que é testemunha de defesa no caso, soube durante uma reunião com José Antonio Toffoli, ministro do STF, que Battisti se recusa a comer. Segundo ela, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que Battisti não se alimenta há alguns dias.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado de matar quatro pessoas. Maria Luiza e um grupo de pessoas contrárias à extradição dele o visitaram nesta quarta-feira (4/11) no presídio da Papuda, em Brasília. De acordo com a ex-prefeita de Fortaleza, Battisti está impaciente com a demora no julgamento, por isso começou a greve de fome.

Em janeiro deste ano, Battisti recebeu do ministro da Justiça, Tarso Genro, a condição de refugiado político no Brasil. Ele permanece preso até que o STF decida se o status de refugiado impede ou não sua extradição pedida pelo governo italiano. O julgamento começou em setembro, mas foi interrompido devido ao pedido de vista feito pelo ministro Marco Aurélio.

Ex-integrante da organização Proletários Armados pelo Comunismo, Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua. Passou 28 anos no exílio, entre França, México e, por último Brasil, onde foi preso no Rio de Janeiro, em 2007.

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