Lula pede fim da pirotecnia nas operações da PF
26 de março de 2009, 20h37
As declarações foram feitas um dia após a PF fazer uma operação que atingiu a diretoria da Camargo Corrêa e no mesmo dia da prisão de Eliana Tranchesi, dona da megabutique Daslu. A Camargo Corrêa é acusada de fazer doações ilegais a políticos, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção. Tranchesi foi condenada a 94 anos de prisão pelos crimes formação de quadrilha, descaminho (fraude em importações) e falsificação de documentos.
Lula lembrou que a Polícia Federal é uma das instituições mais bem avaliadas pelas pesquisas de opinião e fez questão de ressaltar que, sem seis anos de governo, aumentou o orçamento e o efetivo da Polícia Federal. O presidente disse ainda que está dando atenção à aprovação da Lei Orgânica da PF, que definirá direitos e deveres de seus agentes.
Para mostrar empenho de seu governo no combate ao crime organizado ao tráfico de drogas e a corrupção, Lula disse que neste ano 40 grandes operações foram feitas pela PF, com a prisão de 462 pessoas. Em 2008, o total de grandes operações, segundo o presidente, chegou a 235 e o número de presos, 2.475. Ele também fez questão de ressaltar que, desde 2003, foram presos 92 delegados federais por cometerem irregularidades.
O presidente observou que o trabalho da PF deve ser fiscalizado pela corregedoria da instituição para evitar erros contra os cidadãos. “Nós lidamos com seres humanos. Um erro pode ser irrecuperável.”
Segundo Lula, o fato de mais casos de corrupção estarem sendo divulgados só mostra maior empenho do governo e da PF no combate às irregularidades. “Quanto mais vocês trabalharem, mais aparecem denúncias. A corrupção é uma doença que só aparece quando é combatida”, disse aos agentes da PF presentes à cerimônia.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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