Crime de homicídio

Justiça do DF decreta a prisão do dono da Gol

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22 de maio de 2009, 11h44

A Justiça decretou a prisão preventiva do dono da companhia aérea Gol, Nenê Constantino, na quinta-feira (21/5). Réu em processo por acusação de homicídio, ele não foi localizado pela Polícia Civil do Distrito Federal na sua casa nem nos endereços comerciais. Segundo a Agência Estado, os seus advogados negociam uma apresentação espontânea.

Constantino é acusado de ser o mandante do assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, morto com três tiros em outubro de 2001. Brito era o líder de um grupo de 100 pessoas que ocupou o terreno em que está a garagem de ônibus da viação Planeta, pertencente ao empresário, na cidade satélite de Taguatinga.

Segundo a polícia apurou, dois empregados de Constantino — João Alcides Miranda e Vanderlei Batista Silva, indiciados como co-autores —, contrataram um pistoleiro para assassinar o líder como forma de intimidar os demais ocupantes da área. Antes da execução, como informou a polícia, o empresário fez ameaças diretas de morte ao líder comunitário, que sofreu agressões e teve seu barraco incendiado.

Em nota divulgada na ocasião da denúncia, Constantino negou veementemente o que chamou de “injusta e inverídica acusação”. Disse também que o inquérito não tem qualquer indício que possa sustentar a acusação e prometeu demonstrar sua inocência ao longo do processo.

O delegado Luiz Julião Ribeiro, chefe da Divisão de Investigação de Crimes contra a Vida, disse que a prisão tem o objetivo de garantir a instrução do processo, pois Constantino usou seu poder econômico e político para ameaçar testemunhas e obstruir provas.

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