Homenagem no STJ

Ministros da 3ª Seção se despedem de Gallotti

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25 de junho de 2009, 16h21

O ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça, presidiu nesta quarta-feira (24/6), pela última vez, a 3ª Seção do tribunal. Ele irá se aposentar em agosto. Se esperasse a compulsória, Gallotti só deixaria o tribunal em março de 2015.

O ministro Felix Fischer foi o escolhido para representar os demais colegas da Seção numa homenagem a Gallotti. Ele lamentou a “precoce aposentadoria” do ministro e destacou que o colega é dono de uma memória impressionante. “Ele conhece como poucos a jurisprudência da Corte”.

Fischer destacou, contudo, que a carreira de 38 anos de judicatura, dez deles no STJ, desempenhada sempre com muita galhardia, torna a aposentadoria do ministro Gallotti um direito mais do que adquirido. Felix Fischer encerrou a homenagem citando a Bíblia. “Nosso Paulo, assim como o apóstolo, combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé”.

Paulo Gallotti agradeceu a homenagem dos colegas e disse ter muito orgulho de ser um juiz brasileiro. “O Poder Judiciário é formado por uma esmagadora maioria de pessoas competentes, trabalhadoras e íntegras, que lutam diuturnamente para fazer frente a esse número de processos que assola todas as instâncias”, afirmou. O ministro também fez um agradecimento especial aos servidores de seu gabinete.

De acordo com o Anuário da Justiça, o ministro é visto como rigoroso numa turma de liberais. Para Gallotti, em casos de reincidência ou de furto com comportamento perigoso, mesmo de bem de pequeno valor, não cabe aplicar o princípio da bagatela.

Gallotti, natural de Canoinhas (SC), começou sua carreira, 1969, como advogado na iniciativa privada. Antes de chegar ao STJ, foi desembargador do TJ de Santa Catarina por quatro anos. Ele também ministrou aulas de Direito Processual Penal na Esmesc e na Fundação de Ensino do Polo Geo-Educacional do Vale do Itajái. É casado e tem três filhos.

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