Tributo ao mestre

Waldir Troncoso Peres será homenageado em Júri

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10 de junho de 2009, 17h08

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) promovem, na próxima segunda-feira (15/6), no Largo São Francisco, homenagem ao advogado Waldir Troncoso Peres, considerado um dos mais importantes criminalistas do Brasil. O tributo será feito com um Júri simulado com grandes nomes do Direito Criminal e começa às 19h. O evento é aberto ao público.

Sob a presidência do representante do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (ICCRIM), Sérgio Mazina Martins, o Júri contará com Tribuna de Defesa composta pelo ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e a defensora pública coordenadora do Núcleo de Segunda Instância e Tribunais Superiores, Daniela Sollberger Cembranelli. A Tribuna de Acusação é composta pelo advogado criminalista, Alberto Zacharias Toron, e o promotor de Justiça, Roberto Tardelli.

O evento conta, ainda, com o apoio da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Centro Acadêmio XI de Agosto, o Departamento Jurídico XI de Agosto e do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.

Perfil
Waldir Troncoso Peres nasceu, no dia 30 de outubro de 1923, em uma fazenda em Vargem Grande do Sul, em São Paulo. Veio para a capital aos 16 anos para cursar o pré-jurídico e depois ingressou na Faculdade de Direito da USP (Largo São Francisco). Fez seu primeiro Júri aos 20 anos, quando estava no terceiro ano da faculdade. Após se formar, em 1946, abriu seu próprio escritório com um amigo.

Em 1950, foi nomeado advogado interino do Departamento Jurídico do Estado e com sua aprovação em concurso público, em 1954, foi efetivado como advogado público estadual. Em 1969, passou atuar na Procuradoria de Assistência Judiciária (PAJ), prestando assistência jurídica à população carente de São Paulo. Aposentou-se como procurador do Estado em 1986.

Recebeu a Medalha Anchieta, concedida pela Câmara Municipal de São Paulo; o prêmio da Balança e da Espada, conferido pela OAB-SP; e do Colar de Mérito Judiciário, concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Ele fez mais de mil júris. Atuou como advogado até 2004, quando sofreu um acidente vascular cerebral e encerrou a carreira, aos 80 anos. Morreu em abril de 2009, aos 85 anos. Uma de suas frases mais conhecidas é: "O advogado deve acreditar no que faz e ir para o júri com a convicção que o homem necessita de defesa, porque o valor supremo do qual todos os outros dependem, é a liberdade”.

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