Persona non grata

Oficiais de Justiça são recebidos a tiros em SP

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3 de junho de 2009, 16h33

Dois oficiais de Justiça foram recebidos a tiros durante uma tentativa de busca em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na manhã desta quarta-feira (3/6). A informação é do jornal O Globo.

De acordo com o jornal, os oficiais tinham um mandado que determinava a devolução de um veículo não pago à financeira. O autor dos disparos seria o inadimplente. Os oficiais se esconderam durante os tiros e não se feriram. O comprador do carro fugiu no próprio veículo, mas acabou detido pela Polícia Militar.

No fim de abril, uma oficial de Justiça foi morta na zona sul de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, Sandra Regina Ferreira, de 48 anos, foi surpreendida pelo servente de pedreiro Reinaldo do Carmo Guerreiro, de 31 anos, ao cumprir um mandado de busca e apreensão. O mandado seria para apreensão de uma moto comprada pelo servente, que financiou o veículo e deixou de pagar as prestações.

Recentemente, a Consultor Jurídico entrevistou a oficial de Justiça Yvone Barreiros Moreira, que há 20 anos é presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo (Aojesp). Ela falou sobre o dia-a-dia da profissão, do jogo de cintura necessário para cumprir as determinações judiciais e da briga com o Tribunal de Justiça para receber pelos gastos com as diligências.

“O oficial de Justiça é o juiz na rua”, explicou Yvone. A diferença é que o oficial não tem na rua a segurança que o juiz tem no gabinete. Transitar com o próprio carro pelas longas distâncias para encontrar pessoas que perderão os seus bens móveis e imóveis não é das tarefas mais simples, disse. Na Zona Sul da capital paulista, “a mais perigosa da cidade”, a pobreza e a criminalidade atingem em cheio o trabalho dos oficiais de Justiça, que nem sempre podem contar com o reforço de policiais para entrar em favelas, enfrentar chefes do tráfico de drogas ou réus perigosos. Clique aqui para ler a entrevista.

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