COLUNA DO HAIDAR

Direção do TRF-3 pode acabar nas mãos de Haddad

Autor

28 de julho de 2009, 12h02

Coluna Haidar TESTE - SpaccaSpacca" data-GUID="coluna-haidar-teste1.png">

A briga pelo comando do Tribunal Regional Federal da 3ª Região pode ganhar contornos inesperados e a presidência da corte acabar nas mãos do desembargador Roberto Haddad. O tribunal vive uma guerra entre dois grupos: o do presidente eleito, Baptista Pereira, e o da desembargadora Suzana Camargo, eleita corregedora.

A decisão sobre a eleição no tribunal está nas mãos do ministro Eros Grau, que disse não enxergar urgência no caso. Suzana Camargo diz que Pereira não pode assumir porque já passou quatro anos seguidos na cúpula do TRF-3. Se o STF anular as eleições, o grupo que soma maior número de votos já avisou: elegerá Haddad, desembargador que responde processo por acusações de advocacia administrativa e exploração de prestígio.


Volta por cima
O ministro Menezes Direito tem reagido bem ao tratamento quimioterápico que enfrenta no Rio de Janeiro. Espera-se que ele retome sua cadeira na bancada do Supremo em agosto. A boataria está forte, mas a verdade é que o ministro se recupera bem e não se cogita substituição interina.


Vaga aberta
No STJ, o fim do recesso forense será marcado pela corrida de desembargadores ao tribunal de olho na vaga do ministro Paulo Gallotti, que se aposentou este mês. Os paulistas Henrique Nelson Calandra e Ivan Sartori estão em campanha.


Quo Vadis?
Nas eleições da OAB-DF, o advogado Esdras Dantas, ex-presidente da entidade, acena para a oposição liderada por Kiko Caputo pela manhã, para a situação de Ibaneis Rocha de tarde e de noite faz campanha para encabeçar uma chapa própria.


Divisão de poder
Um grupo de juízes decidiu sair a campo para defender a proposta (PEC 544/02) que cria outros quatro tribunais regionais federais. Os tribunais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª regiões teriam sede, respectivamente, em Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. A cúpula dos TRFs é contra o projeto.


Excelência, para advogados!
Um advogado de Mato Grosso do Sul ligou chorando para o presidente da OAB-MS, Fábio Trad, depois de sair de audiência com a juíza Lisa Taubemblatt. Motivo: depois de tratá-la como “doutora”, teve de ouvir um sermão. “Eu exijo que advogados me chamem de excelência. Os agentes da Polícia Federal e os presos podem me chamar de doutora, mas advogado tem que me chamar de excelência e ficar em pé quando eu entro na sala, entendeu bem doutor?”, disse Lisa, segundo o relato lacrimejante do advogado. A OAB entrou com representação contra ela.


O politicamente correto
Danilo Gentili, do imperdível programa CQC, publicou no Twitter, no domingo, a seguinte mensagem: “Agora, no TeleCine. King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?”. Pois agora o Ministério Público vai parar para analisar a piada e decidir se o humorista cometeu crime de racismo e uma ONG estuda entrar com representação criminal contra Gentili.


Advocacia 2.0
A ConJur escalou um time de craques para ensinar a advogados como usar melhor as ferramentas tecnológicas que têm à disposição. Os advogados Alexandre Atheniense e Geraldo Baraldi e o administrador Gilberto Fischel mostrarão como internet, twitter, blackberry, iPhone, entre outras ferramentas, podem redimensionar a atividade jurídica. Clique aqui para saber mais.


Pé de guerra
As agências reguladoras têm de seguir as orientações da Advocacia-Geral da União ou devem ter uma procuradoria própria, que a defenda e aja de acordo com seus interesses? A questão polêmica será debatida no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nessa quarta-feira (29) no Rio. O presidente do Cade, Artur Badin, os professores Celso Campilong e Gustavo Binenbojm e o advogado Pedro Dutra discutirão o tema.


FALOU E DISSE
“O mito de que qualquer juiz decide apenas com sua consciência é a cada dia mais falso. Se é que verdadeiro o foi alguma vez. Um juiz decide com base na lei e a interpreta com sua consciência atenta às consequências.”
Joaquim Falcão, diretor da Escola de Direito da FGV-Rio, em artigo no jornal Folha de S.Paulo.


FORA DOS AUTOS
Beleza candanga!
Os ministros da 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, reunidos em sessão, ouviam atentamente a sustentação oral de uma advogada. O recurso tinha como tema questionamentos em relação ao plano diretor de um município paranaense. Depois de concluir, a advogada passa a elogiar Brasília e a falar com o presidente da turma, ministro Castro Meira:

Advogada — Brasília é lindíssima. Coisa de primeiro mundo. Fiquei maravilhada com essas vias, esse cerrado descoberto, as fachadas dos prédios de Niemeyer.

Castro Meira — A senhora se encantou com Brasília? Achou coisa de primeiro mundo, é?

Advogada — Isso mesmo, Excelência. Nunca vi nada parecido no meu Paraná. É algo inesquecível.

Castro Meira — Quem bom que gostou, venha mais vezes. Só peço que daqui vá direto para o aeroporto e parta para o Paraná sem passar por Candagolândia, Vila Roriz, Samambaia e outros lugares parecidos.

Advogada — Por que, Excelência?

Castro Meira — Também são lugares inesquecíveis, mas por outras razões.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!