Pagamento ilegal

Ex-presidente peruano é condenado por corrupção

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20 de julho de 2009, 18h02

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi condenado, nesta segunda-feira (20/7), a sete anos e seis meses de prisão por ter pagado US$ 15 milhões ilegalmente em uma indenização a seu ex-chefe de Inteligência, Vladimiro Montesinos, em setembro de 2000, pouco depois de estourar um escândalo de corrupção no país. A informação é da Folha de S.Paulo.

Fujimori admitiu durante o processo que entregou o dinheiro a Montesinos, atualmente preso em uma base naval, mas negou ter cometido o delito de peculato porque sustenta que restituiu o dinheiro ao Tesouro Público.

Esta é a terceira sentença acumulada pelo ex-presidente, que governou o Peru entre 1990 e 2000. No Peru, não há acumulação de penas e o condenado cumpre apenas a maior.

No processo, ele alega que o dinheiro serviu para permitir a saída de seu ex-chefe de espionagem em meio a uma crise provocada por um escândalo de corrupção, porque "se estava tramando um golpe de Estado". Ainda de acordo com o processo, após a entrega do dinheiro, Montesinos fugiu para o Panamá e voltou por poucos dias, em outubro de 2000, para fugir outra vez do Peru até ser capturado na Venezuela, em 2001.

Fujimori já foi condenado a 25 anos de prisão por dois casos de violação dos direitos humanos e sequestros. O primeiro caso de violação ocorreu no distrito de Barrios Altos, em 1991. O segundoo ocorreu sete meses mais tarde, em julho de 1992.

Ele também foi considerado culpado pelo sequestros de um empresário e de um jornalista — na época, correspondente do jornal espanhol El País — que, em 1992, criticaram o fechamento do Congresso e dos tribunais peruanos.

Fujimori afirmou na sexta-feira (17/7) que é inocente e que uma provável sentença desfavorável é parte de quem busca aniquilar o projeto de seu partido político para as eleições gerais de 2011.

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