Ordem econômica

PF faz duas operações para combater crimes

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7 de julho de 2009, 14h35

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (7/7), duas operações em Mato Grosso do Sul e no Paraná. A primeira, que foi batizada como Owari, tenta reprimir crimes de formação de quadrilha, exercício ilegal de atividade financeira, agiotagem, crimes contra a ordem econômica e o sistema financeiro, fraude à licitação e corrupção. A segunda, a Terminal, é para combater crimes de furto e roubo, em agências e postos bancários, com arrombamento dos caixas eletrônicos.

Em Mato Grosso do Sul, a PF cumpre 42 mandados de prisão e 85 de busca e apreensão nas cidades de Dourados, Campo Grande Naviraí e Ponta Porá. Essa operação também se estende a Guaíra e Umuarama, no Paraná. O nome da operação é derivado do japonês. Owari significa ponto final. Segundo a PF, “após dois anos de investigações, foi apurada a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos, empresários e profissionais liberais, com vistas à obtenção de benefícios juntos a prefeituras municipais, relativos à execução de serviços públicos, especialmente a exploração da atividade funerária”.

De acordo com a Polícia Federal, “servidores públicos cooptados pela organização criaram uma estrutura criminosa a fim de obter benefícios em diversos contratos, em prejuízo à livre concorrência. A operação é continuação da ação policial deflagrada em novembro de 2008, quando foram presas 9 pessoas. Nesta segunda fase, a PF cumpre 44 mandados de prisão contra acusados residentes no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além de 36 mandados de busca e apreensão para a coleta de armas e instrumentos de crime.

A PF afirma que desde a primeira fase da operação, foi investigada a participação de outros criminosos neste tipo de roubo. “A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio descobriu que o elevado nível de organização do extenso grupo era articulado em torno de três lideranças. Durante as investigações apurou-se que os investigados, que se dedicam em tempo integral à preparação e realização de roubos, passaram a migrar de um estado para outro após a execução de assaltos bancários, de forma a dificultar a investigação das polícias estaduais.

Nesse período da investigação estima-se que cerca de quatro milhões de reais foram subtraídos, além do elevado prejuízo resultante do arrombamento e inutilização dos próprios caixas eletrônicos”. Os presos responderão pelas acusações de furto qualificado e formação de quadrilha, crimes pelos quais podem ser condenados a penas de até 11 anos de reclusão, em regime fechado. Com informações da Assessoria de Imprensa da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul e do Paraná

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