Informações privilegiadas

MPF denuncia mais nove envolvidos na Operação Abate

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6 de julho de 2009, 17h43

O Ministério Público Federal em Rondônia denunciou na última sexta-feira (3/7) mais nove envolvidos na Operação Abate. Segundo o MPF, o grupo Bihl, de Mato Grosso, por intermédio de lobistas, pagava propina a servidores públicos para conseguir empréstimos e financiamentos em instituições públicas.

O grupo Bihl é acusado de obter documentos e providências necessárias à obtenção dos financiamentos para fazer operar as empresas da família, além de ter acesso a informações privilegiadas de órgãos da administração pública.

As investigações da Polícia Federal apuraram que o grupo conseguiu financiamento do Ministério da Integração Nacional, com recursos geridos pelo Banco da Amazônia. O grupo é acusado de receber investimentos públicos dando como garantia empreendimentos que já eram garantia de outros financiamentos.

Os procuradores da República Heitor Alves Soares e Ercias Rodrigues de Sousa acusam os envolvidos dos crimes de obter, mediante fraude, financiamento de instituição financeira, corrupção ativa ou passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Os denunciados são o empresário José Almiro Bihl e seus filhos Márcio Maurílio, Paulo Roberto e José Ricardo, todos de Mato Grosso. Os lobistas Humberto Siqueira Leonetti, do Rio Grande do Sul, e José Roberto Egreja Alves da Costa, de São Paul. Também os servidores do Ministério da Integração Nacional Vitorino Luis Domenech Rodriguez e Luiz Fernando Soares Pereira e o diretor do Banco da Amazônia Augusto Afonso Monteiro de Barros.

Durante as investigações da Operação Abate, deflagrada em junho, foi apurado esquema de corrupção de servidores da Superintendência Federal de Agricultura de Rondônia (SFA) na fiscalização de frigoríficos. Segundo a MPF-RO, descobriu-se que dentre as empresas beneficiadas estava o curtume Nossa Senhora Aparecida, pertencente ao grupo Bihl, de Mato Grosso. Interceptações telefônicas e de e-mail revelaram que o grupo possuía diversificação de empreendimentos, agindo por meio da corrupção de servidores públicos para obter favorecimentos. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal de Rondônia.

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