Invasão a navio

MPF-PE quer condenação de coordenador do MST

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3 de julho de 2009, 17h25

O Ministério Público Federal, em Pernambuco, quer a reforma da sentença que absolveu o coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Jaime Amorim. Por isso, entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, nesta sexta-feira (3/7). Em 2004, o MPF acusou Amorim de comandar a invasão ao navio liberiano Antillanca, em julho de 2000. De acordo com denúncia do MPF, “mais de 500 pessoas ligadas ao movimento invadiram a embarcação utilizando pedaços de pau, pedras e coquetéis “molotov”.

O Antillanca estava ancorado no Porto do Recife. Chegou da Argentina com a carga de 38 mil toneladas de milho transgênico importado por avicultores pernambucanos para ser usado como ração animal. Em sua denúncia, o MPF pediu a condenação de Jaime Amorim. A primeira instância, no entanto, entendeu que não houve provas suficientes para a condenação.

O MPF em Pernambuco alega, entretanto, que, conforme consta em entrevistas cedidas a diversos veículos de comunicação na época, Amorim revelou a intenção de incendiar a carga do Antillanca, atuando de forma consciente e voluntária. O MPF-PE entende, também, que os sem-terra agiam sob orientação do coordenador estadual e não por suas próprias iniciativas.

Por isso, pede que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região condene o coordenador estadual do MST “pela prática criminosa de destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, tipificada no artigo 163 do Código Penal”. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-PE

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