Casa com prostitutas

TJ paulista absolve empresário Oscar Maroni Filho

Autor

16 de janeiro de 2009, 19h17

O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que, embora prostitutas frequentassem a boate Bahamas, de propriedade do empresário Oscar Maroni Filho, o lugar não se caracterizava uma casa de prostituição. A informação, do advogado Mauro Otavio Nacif, foi divulgada na Folha Online.

"Eles entenderam que casa de prostituição, no Brasil, é o lugar onde as mulheres ficam como funcionárias do dono, ficam o dia todo. É uma coisa só para prostituição. Tinha prostituta lá, mas elas ficavam no lugar, conheciam homens e saiam com eles. Não são funcionárias dele. Além disso o Bahamas, quando aberto, tinha sauna, restaurante, bilhar, shows, não era exclusivamente para prostituição", disse Nacif.

De acordo com o advogado, a Justiça condenou Maroni pelo crime e inocentou outros seis funcionários da boate. O Ministério Público recorre da decisão na tentativa de também condenar os funcionários.

Segundo Nacif, o TJ-SP entendeu que as prostitutas que ficavam na boate não tinham vínculo com o lugar. "O tribunal disse que esse lugar [Bahamas], apesar de não ser um convento, e de ser lugar onde vão prostitutas, não tinha tóxico, menor, e ele foi absolvido. O lugar não foi caracterizado como casa de prostituição", afirmou o advogado.

O empresário chegou a ficar preso pouco mais de um mês em 2007 sob a acusação de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas por causa do concurso Miss Garota de Programa, que oferecia prêmio de R$ 20 mil, viagem a Las Vegas e divulgação à vencedora.

A boate Bahamas foi interditada pela prefeitura em julho de 2007. No mesmo mês, a prefeitura também lacrou o hotel do empresário, alegando que o projeto e o fim comercial do edifício não condiziam com os documentos aprovados para a obra. Os imóveis permanecem interditados, e Maroni tenta na Justiça, no âmbito civil, reabrir os estabelecimentos.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!