Trabalho em foco

OIT fará reunião com ministros para discutir crise

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15 de janeiro de 2009, 4h36

Nesta quinta-feira (15/1), os ministros do Trabalho do Brasil, Argentina, Chile e México se reunirão com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Juan Somavia, para discutir os impactos da crise econômica no mundo do trabalho. A reunião, que contará com a presença de especialistas, acontecerá em Santiago, no Chile.

“A rápida expansão da crise sobre a economia real tem impacto progressivo nos países e se traduz na perda em quantidade e na qualidade dos empregos”, destacou Somavia. Para ele, é importante refletir sobre o tipo de respostas que garantirão a reativação da atividade produtiva ao mesmo tempo em que se protege os trabalhadores.

Os ministros do Trabalho que participarão do encontro Respondendo à crise: crescimento, trabalho decente e estabilidade são Carlos Lupi (Brasil), Carlos Tomada (Argentina), Claudia Serrano (Chile) e Javier Lozano (México).

Na reunião, também será discutida a Agenda de Trabalho Decente da OIT, que defende um desenvolvimento mais equitativo. “Medidas bem planejadas de apoio ao emprego, ao financiamento de empresas e aos grupos mais desfavorecidos são essenciais para estimular a economia e sair da crise”, afirma Somavia.

O governo brasileiro acredita que houve um agravamento do desemprego. Lupi diz que não ficou assustado com os números do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE, pois os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) já mostravam queda. De acordo com o IBGE, o emprego na indústria brasileira caiu em novembro no maior ritmo em cinco anos — 0,6% em novembro ante outubro.

Sobre o resultado do Caged em dezembro, que só deverá ser divulgado na próxima semana, Lupi negou que já exista uma estatística de que 600 mil postos de trabalho teriam sido fechados no último mês de 2008. Segundo o ministro, essa estatística ainda não está pronta, mas ele reconheceu que o dado "vai ser maior que a média". Tradicionalmente, o mês de dezembro registra em média o fechamento de 300 mil vagas no mercado de trabalho.

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