Buraco do Metrô

Ministério Público denuncia 13 pessoas por acidente no Metrô

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5 de janeiro de 2009, 19h47

O promotor Arnaldo Hossepian Filho, do Ministério Público de São Paulo, apresentou nesta segunda-feira (5/1) denúncia contra 13 funcionários do Metrô e do Consórcio Via Amarela pelo desabamento nas obras da Estação Pinheiros, na Linha 4, em janeiro de 2007. Sete pessoas morreram no acidente.

Segundo a Agência Estado, a denúncia será analisada pela juíza Margot Pegossi, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Pinheiros. Se aceita, os funcionários responderão por homicídio culposo.

Segundo o promotor, a denúncia tem 36 páginas e foi baseada no depoimento de 34 testemunhas, além dos laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Instituto de Criminalística de São Paulo. “Tudo foi considerado na elaboração desta denúncia. Foram denunciadas algumas pessoas do consórcio e outras do Metrô”, afirmou Hossepian.

No dia 12 de janeiro de 2007, parte do terreno utilizado para as obras da Estação Pinheiros cedeu, abrindo uma cratera de 80 metros de diâmetro por 30 metros de profundidade que engoliu quatro caminhões, dois carros e uma van. Sete pessoas foram soterradas e 79 famílias que moravam próximo ao canteiro foram retiradas da região por precaução.

Em junho do ano passado, o IPT concluiu laudo sobre o acidente. Para os técnicos, o colapso do canteiro de obras foi provocado por uma sucessão de falhas de engenharia. O Consórcio Via Amarela divulgou, no mês seguinte, um laudo alternativo rebatendo as conclusões do IPT. As empreiteiras sustentam que o desmoronamento era “imprevisível”.

Em nota, o Metrô afirmou que “continuará a colaborar intensamente com as autoridades” e que irá se pronunciar após o resultado oficial do inquérito. O consórcio informou que irá se pronunciar assim que tomar conhecimento oficial do posicionamento do Ministério Público.

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