Revolta do segurado

Mais de 100 peritos médicos do INSS foram agredidos em 2008

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5 de janeiro de 2009, 18h07

A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) registrou no ano passado 102 casos de agressão a peritos médicos previdenciários por parte de segurados do INSS. Apesar de a associação considerar o número alto, a situação pode ser considerada melhor do que nos dois anos anteriores quando houve o assassinato de quatro peritos.

“A perícia não tem o que comemorar. Os 102 casos reportados ainda representam um número altíssimo, principalmente se levarmos em conta que em 2008, o INSS instalou equipamentos de segurança”, afirma Luiz Carlos de Teive e Argolo, presidente da associação.

O INSS diz que 92% das agências já contam com equipamentos de segurança. Para a associação, esse número é irreal. Além disso, Argolo argumenta que os funcionários não são treinados para usar esses equipamentos.

Em novembro passado, uma funcionária do INSS, que não é perita médica, foi assassinada durante o serviço. Em uma agência em João Pessoa, um homem atirou três vezes contra a funcionária Maria Osmarina Sabino da Silva, de 50 anos, que morreu no local.

Um dos casos de agressão aconteceu no final de dezembro, quando um perito em Minas Gerais recebeu uma cadeirada no braço de uma segurada de 40 anos. Revoltada com o resultado de sua perícia, a mulher tentou primeiro atirar o monitor do computador contra o perito que a atendia. Como não conseguiu, arremessou a cadeira.

Resta à associação apurar as razões que provocam este tipo de revolta e levam os segurados a agir dessa forma contra os agentes do INSS.

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