Caminho da rejeição

Austrália não quer abrigar presos libertados de Guantánamo

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4 de janeiro de 2009, 11h00

A Austrália deve rejeitar pedido do governo dos Estados Unidos para que o país abrigue detentos libertados da Base Naval de Guantánamo, em Cuba, a 144 km de Miami. A primeira-ministra australiana em exercício, Julia Gillard, admitiu que o pedido feito pelo presidente George Bush, em dezembro de 2008, era para acomodar os presos a serem libertados com o final da prisão mantida na base. A prisão deve ser lacrada pelo atual presidente Barack Obama. As informações são do site Findlaw.

Estão em Guantánamo, atualmente, 255 presos. A prisão foi criada no dia 11 de janeiro de 2002. Para lá, foram enviados os prisioneiros capturados pelas forças dos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão logo após os atentados contra as torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001. Outros suspeitos de terrorismo também foram enviados para a prisão. Estão na Base Naval presos de 35 países diferentes. Nenhum americano.

A Austrália já recebeu dois presos de Guantánamo: David Hicks, um norte-americano preso na base por cinco anos e meio, e que admitiu ter ajudado ao Talibã no Afeganistão, e Mamdouh Habib, um egípcio preso no Paquistão em 2001. Hicks ficou preso 9 meses na Austrália e e Habib ficou no país, a partir de 2005, sem cumprir pena em território australiano.

França, Portugal, Alemanha e Suíça concordaram em abrigar presos libertados de Guantánamo.

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