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Suplicy leva ao STF documento em defesa de Battisti

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11 de fevereiro de 2009, 17h56

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi ao Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (11/2), para entregar aos ministros documentos que inocentariam o italiano Cesare Battisti da condenação pelo assassinato de quatro pessoas na Itália. Suplicy encontrou o italiano há duas semanas na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde está preso desde março de 2007.

Eduardo Suplicy contou que Battisti está escrevendo da prisão uma carta para contar a sua versão dos fatos e para afirmar que não cometeu nenhum dos crimes pelos quais foi condenado.

Ao parlamentar, o italiano reclamou de desrespeito ao seu direito de ampla defesa no julgamento em que foi condenado. A carta deve chegar ao Supremo nos próximos dias.

Segundo o senador, Battisti disse que está disposto a ir pessoalmente ao Supremo, durante o julgamento do pedido de extradição apresentado pelo governo da Itália, para defender a sua inocência e expor os fatos acontecidos no final dos anos 70. No dia 13 de janeiro, o ministro da Justiça Tarso Genro concedeu refúgio ao ex-militante comunista.

Ato político

Suplicy disse que se interessou pelo caso depois que discutiu a situação de Battisti com Fred Vargas, arqueóloga, historiadora e escritora francesa de grande destaque na Europa. Após estudar os detalhes do processo, Suplicy disse estar convencido de que, mesmo que não tenha participado dos crimes pelos quais foi condenado, os atos de Battisti, principalmente no fim dos anos 70, buscavam “subverter a ordem do estado italiano”, e que, exatamente por isso, devem ser considerados como atos tipicamente de cunho político.

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