Conhecimento técnico

Delegado é requisitado para fazer segurança da Copa

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14 de dezembro de 2009, 18h24

Afastado da Polícia Federal, o delegado Protógenes Queiroz foi requisitado pelo Ministério do Esporte para ser o responsável pela preparação da segurança dos estádios da Copa do Mundo de 2014. As informações são do portal Terra.

Com salário de cerca R$ 6 mil por mês, Protógenes Queiroz deverá ocupar a função até meados de abril, quando começará sua campanha política. Filiado ao PCdoB, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva, o delegado pretende disputar uma vaga no Congresso Nacional em 2010.

De acordo com o Ministério do Esporte, a escolha de Protógenes se deve ao fato de ele ter conhecimento técnico, uma vez que faz parte do comitê da Fifa sobre segurança em estádios. Protógenes também deverá atuar na elaboração de planos e estratégias de segurança para grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de 2016.

O delegado, que esteve à frente da Operação Satiagraha, foi afastado da Polícia Federal por ter participado de um suposto comício eleitoral em Poços de Caldas (MG). Ele é investigado, pela PF, por uma série de supostas irregularidades. O delegado também é acusado de vazar informações sigilosas da operação que chegou a prender o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pita, e de realização de escutas telefônicas sem autorização judicial, o que ele nega.

Além da segurança dos estádios, o governo prevê que alguns deles, como o do Morumbi, do São Paulo, Beira Rio, do Internacional, e Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, terão direito a captarem, juntos, R$ 1,2 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para benfeitorias nos arredores, reformas e adaptações para o Mundial de 2014.

O pacote de financiamento aprovado pelo governo permite que cada arena tenha direito a receber R$ 400 milhões, montante que pode equivaler aos custos de, no máximo, 75% da obra. Os nove estádios públicos que sediarão a Copa do Mundo também terão esse benefício, mas Estados e municípios responsáveis pelos projetos precisarão buscar em outras fontes de recursos o financiamento complementar aos R$ 400 milhões para a conclusão das obras.

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