Acusações repetidas

Defesa de Maluf vai recorrer de bloqueio de bens

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6 de agosto de 2009, 16h52

Os advogados do deputado Paulo Maluf (PP-SP) vão recorrer da decisão do juiz Aléssio Martins Gonçalves, da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que bloqueou os bens de dois filhos do deputado, Otávio Maluf e Lina Maluf Alves da Silva, e de duas empresas controladas pela família, a Kildare Finance Limitec e a Macdoel Investment. As informações são da Folha Online.

A assessoria do deputado diz que os argumentos do Ministério Público "são meras repetições de falsas acusações apresentadas desde 2001" e que até hoje "nunca provadas e algumas até arquivadas", como a existência de contas de Maluf na Suíça ou irregularidades na construção do túnel Ayrton Sena. A assessoria de Maluf também diz que "são falsas as acusações sobre remessas de dólares para o exterior feitas em 1997 e 1998, quando Maluf não era mais prefeito de São Paulo".

Na ação, os promotores Silvio Marques e Saad Mazloum querem que Maluf e sua família devolva R$ 300 milhões que teriam sido enviados ilegalmente ao exterior e utilizados para comprar ações da Eucatex, empresa da família do parlamentar.

Segundo o Ministério Público, os documentos mostram que Maluf desviou cerca de US$ 160 milhões dos cofres públicos, entre 1993 e 1998, por meio de superfaturamento de obras da avenida Água Espraiada (atual avenida Jornalista Roberto Marinho) e do túnel Ayrton Senna. Segundo o MP, Maluf recebeu recursos indevidamente até dois anos depois de ter deixado o cargo.

O juiz excluiu a Eucatex por entender que a indisponibilidade de bens da empresa poderia ocasionar sua falência, já em recuperação judicial, o que prejudicaria eventual ressarcimento aos cofres públicos.

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