Perdão a torturados

Tarso Genro pede perdão às vítimas da ditadura

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28 de abril de 2009, 22h06

Em nome do Estado brasileiro, o ministro da Justiça, Tarso Genro, pediu perdão às famílias dos desaparecidos e torturados durante a ditadura militar. Nesta terça-feira, Genro assinou termo que cria o Memorial de Anistia Política do Brasil, com um investimento de R$ 5 milhões. As informações são da Agência Brasil.

A sede do memorial será em Belo Horizonte, no prédio que pertenceu à Universidade Federal de Minas Gerais, e terá um acervo de quase 100 mil processos recebidos pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. “O Estado pede perdão para aqueles que foram torturados. Pedimos perdão às famílias que perderam algum parente. Este é o memorial das vozes que foram caladas. O Memorial de Anistia busca o direito à memória e à verdade, resgatando a importância da luta pela democracia. É a transição de uma política de reconciliação com o nosso passado”, declarou Tarso Genro.

De acordo com o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, as obras terão duas fases. A primeira será concentrada na melhoria do prédio da antiga Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, com a conclusão prevista para dezembro deste ano. Até julho de 2010 será finalizada a construção de um prédio para abrigar o centro de documentação e pesquisa.

Segundo Abreu, o objetivo do Memorial é de lutar pela implementação de políticas de reparação às pessoas que sofreram algum tipo de tortura durante o regime militar. "Nosso objetivo é promover uma reparação integrada aos perseguidos. É dever do Estado reparar o erro cometido no passado, pois é uma questão ética e moral. Uma vez que a anistia não pode ser esquecida pela sociedade”, disse.

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