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Dez manifestantes protestam contra Gilmar Mendes na frente do Supremo

25 de abril de 2009, 7h05

Por Redação ConJur

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Dez manifestantes protestaram em frente ao Supremo Tribunal Federal, na sexta-feira (24/4), contra a atuação do ministro Gilmar Mendes na presidência da Corte. Usando chapéus de cangaceiro, eles estenderam faixas com os dizeres “Miss Capanga” e “Gilmar Dantas [em alusão ao banqueiro Daniel Dantas], as ruas não têm medo de seus capangas”. As informações são da Agência Brasil.

O objetivo, segundo eles, era que o presidente do Supremo saísse às ruas, como sugeriu o ministro Joaquim Barbosa em discussão com Gilmar Mendes nesta semana.

Valter Campanato/Agência Brasil
2 - Ex-estudantes da Universidade de Brasília fazem protesto em frente ao STF - Valter Campanato/Agência Brasil

Os manifestantes chegaram a tentar colocar um chapéu de cangaceiro na cabeça da estátua da Justiça, mas foram impedidos por seguranças do Supremo. "Queremos chamar a atenção para a fala de que ele [Gilmar Mendes] está desmoralizando o Judiciário brasileiro. Não é uma fala isolada, mas que encontra ressonância em boa parte da sociedade brasileira", afirmou o professor de Ciências Políticas João Francisco, que coordenou o protesto em frente ao STF. Ele anunciou que mil adesivos de carro serão distribuídos, em Brasília, com a seguinta frase: "Gilmar Dantas, saia às ruas e não volte ao STF".

Os ex-estudantes prometem uma manifestação nacional no dia 6 de maio, em frente ao STF, para apoiar o ministro Joaquim Barbosa. O ministro, depois da discussão com Gilmar Mendes, passeou pelas ruas do Rio de Janeiro e foi cumprimentado pelas pessoas, de acordo com o colunista Lauro Jardim, da revista Veja. “Ao final da refeição, de sua mesa até a porta, teve que parar em todas mesas por que passou: os comensais levantavam-se estendiam-lhe as mãos e mandavam um ‘parabéns’ ou um ‘muito bem, ministro’”, disse o jornalista. Ele informa que Barbosa almoçou no tradicional Bar Luiz, restaurante no centro do Rio de Janeiro, fundado em 1887.

Barbosa estava acompanhado de três amigos, tomou dois chopes e comeu filé bem passado com salada de batatas. Lauro Jardim, em seu blog, conta que ele caminhou pela Rua da Carioca e tomou um café “de pé”.

“Por volta das 14h50, quando seguiu para entrar no carro oficial na esquina da Avenida Rio Branco, formou-se um pequeno tumulto: várias pessoas o pararam. Novas saudações e sessões de fotos feitas pelos celulares dos admiradores. Por pelo menos cinco minutos, Joaquim Barbosa foi cercado e parabenizado. Agradecia a todos com um sorriso, um aperto de mãos e um ‘obrigado’”.